* Abandonaram o barco, pularam fora antes do naufrágio…
* Ou apenas “desembarcaram”.
* Um eufemismo interessante pra não ficar tão feio nas manchetes.
* E, numa reunião que não durou mais do que três minutos, o PMDB rompeu, sem qualquer tipo de constrangimento, uma aliança de 13 anos com o Governo Federal.
* Nada a ver com o processo de impeachment, afirmou o vice-presidente da sigla, Romero Jucá.
* Mas, os gritos da militância não deixaram dúvidas sobre as reais intenções do azulão:
* “Fora PT”, “Fora Dilma” e, sem cerimônias:
* “Brasil para frente, Temer presidente!”.
* Nem precisava dizer nada.
* Deputada Eliane Sinhasique, uma das mais empolgadas com a notícia, comemorou nas redes sociais:
* “Era uma aliança nefasta que degradava metade do nosso partido”.
* E sentenciou:
* “Na tarde de hoje, fizemos história”.
* De um leitor petista, chega uma reflexão um tanto diferente:
* “Hoje deve ser um dia ‘quase-histórico’: pela primeira vez, desde a redemocratização, o PMDB anuncia a saída do governo”.
* E conclui:
* “O dia ‘totalmente histórico’ seria ou será quando eles, de fato, largarem todos os cargos, incluindo a renúncia do vice”.
* Paixões e ideologias partidárias à parte, não deixa de ter razão.
* Embora os petistas, nem de longe, possam dizer que sofreram alguma “desilusão amorosa”…
* Sabiam muito bem com quem estavam se “casando”.
* E, na hora do divórcio, não deu outra: é guerra!
* Salve-se quem puder.
* Enquanto os partidos políticos se digladiam no vale-tudo pelo poder, a sociedade civil organizada, enfim, se mobiliza numa ação mais nobre e produtiva para as próximas gerações…
* Em solenidade ontem, na Procuradoria-Geral da República, o Ministério Público Federal apresentou a conclusão da primeira fase da campanha “10 medidas contra a corrupção”:
* A entrega de mais de 2 milhões de assinaturas de cidadãos brasileiros que permitirá que um projeto de iniciativa popular seja apresentado ao Congresso Nacional.
* Tratam-se de 20 propostas de alterações legislativas que visam aprimorar a legislação brasileira.
* Entre elas: a criminalização do enriquecimento ilícito; o aumento das penas e crime hediondo para corrupção de altos valores;
* Celeridade nas ações de improbidade administrativa; responsabilização dos partidos políticos e criminalização do caixa 2.
* Já seria um bom começo e, nas palavras do sub-procurador geral da República, Nicolau Dino:
* “Uma esperança coletiva de aperfeiçoamento dos sistemas de combate a este tipo de crime”.
* Mais urgente e providencial, impossível.