Como fora anunciado, todas as capitais do país e mesmo cidades menores pararam ontem com os protestos dos trabalhadores das várias centrais sindicais e outras categorias contra as reformas das leis trabalhistas e da Previdência Social e, por extensão, contra o presidente da República já denunciado formalmente por corrupção pela Procuradoria Geral da República.
Protestos mais do que legítimos e até necessários pela perversidade que essas reformas propõem, atingindo os mais elementares direitos dos trabalhadores. Só a lamentar pelos transtornos ocorridos e alguns acidentes fatais.
Contudo, quando da decretação do impeachment ou golpe parlamentar, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello, já alertava que o novo Governo teria que colocar forças policiais nas ruas para conter a indignação da sociedade, porque, segundo ele, não se mexe impunemente na ordem constitucional de um país.
E foi exatamente o que se viu ontem. Homens da Força Nacional, fortemente armados, tiveram que cercar as sedes dos ministérios e o Palácio da Alvorada, onde o presidente passou o dia escondido como um foragido.
E a tendência é que essa situação ainda vai se agravar com outras denúncias que ainda estão por vir contra o presidente, entre elas, a de “formação de quadrilha” (pasmem!).