O proprietário de veículo que abastece com gasolina em Rio Branco paga mais caro pelo litro do combustível do que quem mora em Manaus (AM), ou Macapá (AP). À primeira vista o leitor poderia chegar à conclusão de que a situação deveria ser inversa, já que o transporte da gasolina para as capitais do Amazonas e do Amapá é feito por balsas, diferente da acreana, que conta com interligação rodoviária permanente por durante todo o ano com os principais centros produtores de petróleo do país.
Mas os custos do transporte fluvial são bem menores que o terrestre. Enquanto que em Rio Branco o preço médio parte de R$ 2,92, os manauaras pagam pouco mais de R$ 2,64 – uma diferença de R$ 0,30. Em Macapá o litro é R$ 2,74. Segundo estudo semanal da ANP (Agência Nacional de Petróleo), a gasolina vendida nos postos de combustíveis do Acre é a mais cara do Brasil.
Por mais que tente encontrar formas de economizar na hora de encher o tanque, o motorista acreano acaba ficando sem escolha.
Propagandeado como mais vantajoso e econômico, abastecer com álcool no Estado não é sinônimo de pagar menos. O estudo da ANP revela que não compensa substituir a gasolina pelo etanol. O motorista deve optar pelo álcool quando seu valor não ultrapassar 70% do da gasolina.
No Acre, essa relação chega a 72%, e 71% no Amazonas. Apesar de ser mais barato na bomba, o álcool queima mais que a gasolina.
Desde o início do ano o preço do álcool vem subindo em todo país. O principal motivo apontado pela ANP é o aumento pela procura do açúcar no mercado externo, fazendo com que os usineiros dimi-nuíssem a produção do combustível e voltando o foco para o grão. A mudança ocasiona menos álcool nas refinarias, diminuindo a oferta.