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Patrícia Rego, Sammy Barbosa e Álvaro Luiz são eleitos para lista tríplice do MPE


O dia de ontem no Ministério Público do Acre (MPE) foi marcado pela eleição acirrada de escolha para a lista tríplice, uma seletiva que aponta os três candidatos ao cargo de Procurador-geral do órgão. Após uma votação de 9 horas (das 8 às 17h), os nomes escolhidos foram os dos procuradores Patrícia Rêgo e Sammy Barbosa, e do promotor Álvaro Luiz, que obtiveram, respectivamente, 45, 43 e 37 votos. Ao todo, foram 154 votos possíveis, ressaltando-se que o MPE possui 68 servidores ativos, mas que cada um deles pode votar até três vezes. 

Os três candidatos eleitos concorriam à seletiva do cargo com o coordenador Cosmo Lima, que obteve 34 votos e saiu do páreo. Após a inserção na lista tríplice, um dos três eleitos será escolhido pelo governador Binho Marques para o exercício da função por 2 anos. Segundo o presidente da comissão eleitoral do MPE, Flávio Siqueira, a lista foi encaminhada ainda ontem ao governador, através de um ofício da procuradora-geral Giselle Mubárac. O chefe do Poder Executivo do Estado terá um prazo de até 15 dias para fazer a escolha de quem será o novo procurador-geral do MPE. 

Coordenadora Patrícia Rêgo
A coordenadora Patrícia de Amorim Rêgo, da Coordenadoria de Defesa do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo e Conflitos Agrários, destacou que a Procuradoria-geral é uma função que, acima de tudo, precisa ser exercida com muito compromisso participativo. Segundo ela, somente mediante a união das diversas classes do MPE entre si e entre as comunidades é que darão uma visão precisa das dificuldades presentes na vida do povo acreano, o que permitirá com que sejam tratadas de modo mais efetivo. 

É preciso fazer uma gestão de excelência democrática, voltada para o cidadão e à melhor forma de ele ter acesso ao Ministério Público. Para isso, precisamos nos cercar dos instrumentos de busca mais sólidos, no sentido de que todos nós, coordenadores, procuradores e a população em geral, possamos alcançar um objetivo comum. Também devemos investir mais na tecnologia da informação, nas promotorias do interior e nas alternativas para integrar a nossa própria classe no MPE. Portanto, minhas propostas vão nestes três eixos e estou bastante otimista para a escolha final”, completou. 

Procurador Sammy Barbosa
O coordenador Sammy Barbosa Lopes, da Coordenadoria do Controle Externo da Atividade Policial, ressaltou que o maior compromisso do novo procurador-geral do Ministério Público deve ser o de manter e intensificar a linha de aproximação com a sociedade que o MPE tem adotado desde 1998. Por isso, se for escolhido para o cargo o foco de seu trabalho será dado ao atendimento aos anseios e necessidades do cidadão. Segundo Sammy Barbosa, o MPE é o principal órgão de Defesa do cidadão, portanto, é preciso criar mecanismos que o aproximem cada vez mais das comunidades acreanas.

“Para isso, temos de investir e muito na tecnologia da informação e avançar na digitalização de dados, tendo em vista que estes são 2 processos cada vez mais exigidos pelo mundo globalizado. Além disso, temos de fortalecer os nossos órgãos de execução (coordenadorias, promotorias e procuradorias) como centros de decisão estratégica, descentralizando o poder de decisão das mãos do próprio procurador-geral. Penso que o que precisaria fazer todo dia, não só como procurador, mas também como qualquer outro executor público, é me questionar o que a sociedade espera de mim?”, declarou. 

Promotor Álvaro Luiz
Para o promotor da 8ª Vara Cível de Justiça, Álvaro Luiz Araújo Pereira, a principal proposta de seu mandato como promotor seria a de montar um planejamento completo, contendo todos os requisitos para se concretizar uma gestão participativa e funcional. De acordo com ele, a primeira missão a ser feita como procurador-geral é promover uma série de foros e debates, no sentido de identificar e corrigir as maiores necessidades da população acreana e das coordenadorias e promotorias do Estado.

 Incluídas nesta discussão estariam, também, o executores do MPE no interior.
“Eles são importantes pelo fato de que para resolvermos as principais carências do povo acreano é preciso, acima de tudo, conhecê-las profundamente. Nos últimos anos, o MPE vem sendo estendido ao interior, porém, ainda falta muita estrutura, especialmente pre-dial, para oferecer um nível de conforto que todos os servidores e a população de lá deve-riam ter. Outros investimentos que precisamos fazer é no processo de informatização e nos meios para que o MPE atinja um fluxo de trabalho consentâneo com o do restante do judiciário, a fim de realizarmos melhor nossas atividades”, disse.

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