Rio de Janeiro – Embora pesquisa divulgada hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revele que as pessoas estão mais expostas ao fumo passivo no ambiente doméstico, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, voltou a defender leis mais restritivas ao cigarro em lugares públicos, como bares, restaurantes e shoppings.
Temporão lembrou que para impedir o fumo em locais fechados, de uso coletivo e privados, uma lei federal será discutida na próxima semana no Senado Federal. A ideia é somar aos esforços de governos estaduais que se anteciparam e já restringiram o fumo, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
“A legislação trata do fumo em ambientes públicos. Vai ser impedido fumar, por exemplo, no locais de trabalho, que tem um grande percentual”, afirmou. “Ninguém deve ser exposto a fumaça em espaço coletivo porque isso prejudica fortemente à saúde. Sete pessoas morrem por dia devido ao fumo passivo”, afirmou, após a divulgação da Pesquisa Especial do Tabagismo, no Rio.
De acordo com o documento, o ambiente doméstico foi apontado por 27,9% dos entrevistados como o local de maior exposição à fumaça de cigarros. Em segundo lugar ficou o ambiente de trabalho, com 24,4% e em terceiro, os bares e restaurantes, com 9,9%.
Ao comentar os efeitos das campanhas antifumo, como as advertências nos rótulos dos cigarros que fizeram com que cerca de 65% dos entrevistados na pesquisa pensassem em parar de fumar, o ministro também voltou a defender normas mais rigorosas contra a publicidade de cigarros, que já é proibida na televisão e no rádio.
“As empresas promovem várias ações de marketing. Eventos esportivos e outras iniciativas de caráter social ainda são espaço importante de contato, diria até de maneira problemática, entre os mais os jovens com a questão de cigarro”, avaliou.
Segundo a Pesquisa Especial do Tabagismo, dos cerca de 24,6 milhões de fumantes no país, a maioria começou a fumar entre 17 e 19 anos. Atualmente, estão na faixa de 25 a 44 anos. (Agência Brasil)