Ícone do site Jornal A Gazeta do Acre

Votação da apelação de Antônio Manoel é adiada

Ficou para a próxima semana a votação do novo pedido de redução de pena formulado pelo poeta e escritor Antônio Manoel Camelo Rodrigues, condenado há mais de 60 anos de prisão por crimes de natureza sexual envolvendo menores. Em decorrência de viagem de trabalho do desembargador Arquilau de Castro Melo, a sessão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado, de ontem, foi suspensa e terá seqüência na próxima segunda-feira, 23, quando então será analisado o pedido.

Trata-se de recurso de apelação em face de sentença de 13 anos e 20 dias de reclusão, proferida pelo juiz da 3ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, Raimundo Nonato da Costa Maia, pela prática de crime de atentado violento ao pudor contra a menor M.D.M.R, 13 anos. O acusado teria obrigado a vítima a praticar atos libidinosos diversos da conjunção carnal na presença de outras três menores.

Segundo os depoimentos das garotas, o acusado teria ficado nu, fazendo com que as vítimas também ficassem, para em seguida fotografá-las em posições pornográficas e obscenas, com o intuito de satisfazer sua lascívia.

Ao se defender em juízo, o acusado disse que se arrepende do que fez, reconhece seus erros, mas não nos termos da denúncia, que taxou de fantasiosa e irresponsável. Já a menor, narrou com riqueza de detalhes como tudo aconteceu.

Segundo ela, a proposta do acusado era para manter relações sexuais, mas diante da recusa, propôs que os dois ficassem nus e brincassem um pouco. A menor continuou a se negar, momento em que o acusado disse que ela só deixaria a casa dele depois que tirasse a roupa e que ele havia soltado dois cachorros grandes.

Em decorrência da ameaça, a menor disse ao juiz que ficou com medo e passou a fazer tudo que o poeta mandava. Informou ainda que Antônio Manoel manteve relações sexuais com outra menor na sua frente e disse que iria mandar as fotos para São Paulo, para ajudá-las na carreira de modelos fotográficas.

O pagamento pela tarde de prazer proporcionada ao acusado, segundo a menor, teria sido ir ao supermercado comprar iorgute e pão de queijo. Depois disso retornaram para a casa dele, onde recebeu a proposta de R$ 50,00 em troca da sua virgindade. Às outras meninas que não eram mais virgens, ele ofereceu R$ 10,00.

 

 

Sair da versão mobile