Lançado durante o Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Florestal, que encerrou ontem, 27, no auditório da Fieac, o Programa de Qualidade Florestal promete ser um instrumento para possibilitar, com mais facilidade, a produção sustentável.
“É importante que se tenha a certificação de origem da matéria-prima para saber que aquele produto não é fruto da exploração humana e nem degenera a natureza. Que a mão-de-obra envolvida esteja se beneficiando da produção através de sistemas comunitários, cooperativista e empresariais sustentáveis. E o resultado final precisa refletir num produto de qualidade atraente para o consumo no mercado interno e externo”, explicou o secretário de Floresta, Carlos Ovídio Duarte, o Resende.
Entre os objetivos do programa estão a valorização do ativo florestal, melhoria e ampliação da oferta de produtos e serviços florestais certificados produzidos no Acre, promoção de acesso aos mercados para serviços e produtos florestais certificados e a melhoria dos serviços públicos florestais oferecidos pelos órgãos estaduais acreanos.
O programa envolve todos os setores da cadeia produtiva e vai desde quem tem uma pequena área à quem presta um serviço florestal. O objetivo, segundo Resende, é criar interação entre todos os atores envolvidos nesta cadeia para melhorar a qualidade do serviço florestal e criar ativos para fortalecer a economia florestal, aumentando a qualidade destes serviços.
O empresário George Dobré, representante do Sindicato dos Moveleiros, destacou que o programa de qualidade era um anseio do setor que vai ajudar no processo da certificação de origem. “Nossos produtos precisam ser reconhecidos no mercado pelo diferencial que eles têm, porque eles são produtos que se diferenciam em todo o processo”.
O nível de excelência alcançado pela construção civil após a implantação do programa de qualidade do setor foi citado pelo presidente da Federação das Indústrias, João Francisco Salomão. “Houve um processo de qualificação da mão-de-obra e dos produtos, como o tijolo, que antes tinha vários tamanhos e não tinham o mesmo padrão de resistência. Hoje tanto a pequena quanto a grande indústria constroem uma obra com a mesma qualidade, que não deixa nada a dever para nenhuma empresa de fora. É que vai acontecer no setor florestal com esta implantação do programa de qualidade”.
Na assinatura do Acordo de Cooperação Técnica entre o Governo do Estado, através da Secretaria de Floresta, e a Federação das Indústrias do Acre – que será a sede do Programa de Qualidade Florestal, 14 empresas do setor madeiro, entre elas a Laminados Triunfo, a Ouro Verde e a Ouro Branco, 12 empresas de serviços, além dos órgãos públicos como a SEF e o Iteracre, assinaram a adesão ao programa.