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Segurança e Saúde Pública no Juruá agitam debate na Aleac


A bancada oposicionista protestou ontem, na Aleac, contra uma possível ida da secretária de Segurança, Márcia Regina, ao Colégio Acrea-no a convite da Câmara de Rio Branco. O evento está marcado para hoje. N.Lima (DEM) considerou isso uma diminuição da importância da Aleac que já protocolou vá-rias indicações para o debate sobre Segurança no Estado.

“A gente se surpreendeu com essa audiência pública que é requerimento do vereador Juraci Nogueira (PP) que foi aprovado por vereadores da situação e da oposição. Nós estamos aqui com um requerimento há mais de 15 dias que tem sido postergado e ainda não foi colocado em votação. Acho que os deputados estaduais não devem ir a essa reunião. Se a secretária de Segurança é do Estado isso nos coloca numa situação de dúvida. Por que ela não vem aqui e vai a uma reunião na Câmara de Vereadores que é municipal? Será que o Governo não quer deixar a secretária vir aqui porque tem pessoas que conhecem de Segurança Pública, indagou N. Lima. 

Moisés Diniz nega audiência na Câmara Municipal

O líder do governo, deputado Moisés Diniz (PCdoB) negou qualquer possibilidade de Márcia Regina participar do evento da Câmara de Rio Branco. A secretária de Segurança não vai participar nem de reunião e nem de sessão da Câmara de Rio Branco. Estou surpreso com essa informação da oposição. Ela virá na Aleac, porque é uma decisão nossa. Nós vamos construir esse consenso com a oposição para fazermos uma boa reunião com as áreas de segurança e judiciária na Aleac”, garantiu Moisés.

Troca de acusações sobre a saúde no Juruá 

Por outro lado, os deputados Thaumaturgo Lima (PT) e Antonia Sales (PMDB), trocaram farpas sobre a saúde pública de Cruzeiro do Sul. A peemedebista criticou a demora para a entrega do prédio da Maternidade e o petista afirmou que os postos de saúde do município não atendem satisfatoriamente a população. 

Quem abriu o debate foi Antonia Sales. “A Maternidade de Cruzeiro do Sul está faltando com a sua responsabilidade para atender os problemas ginecológicos. Há três anos está sendo reformada e ainda não foi concluída. Quero saber dos R$ 6 milhões de recursos do BNDES e por que ainda não foi inaugurado. As mulheres do Juruá estão sofrendo. Não estou me referindo às mulheres que têm condições de pagar uma consulta particular, mas daquelas carentes e humildes que vem das colônias atrás da cura dos seus problemas. Existe uma lista com de 400 pacientes esperando para fazer tratamento de problemas de câncer e ligadura. Algumas não conseguem fazer a laquea-dura por causa da morosidade dessa obra do Estado que está em passo de jabuti. O raio-X demora mais 40 dias para ser entregue. O agendamento para consultas está fechado e só vão atender em fevereiro. Eles deveriam estar atendendo no Hospital do Juruá para a correção e retirada de miomas e não sei porque não estão fazendo”, afirmou.

Já o deputado Thaumaturgo Lima (PT) preferiu contra-atacar jogando a culpa na prefeitura de Cruzeiro do Sul que é do PMDB. “Tenho informação da gerente regional de saúde no Juruá, Dra. Fabiana, que os serviços continuam sendo oferecidos para a população. Lógico que temos o problema com a reforma. Mas a denúncia da deputada Antonia Sales não procede. O que tem acontecido na Maternidade é um acumulo de serviço por conta de que a prefeitura não tem feito o atendimento básico do pré-natal e os exames de rotina. Eles são de competência dos postos de saúde e depois devem ser enviados à maternidade que se compromete só com os exames de alta complexidade. Portanto, as pessoas que tiverem os seus exames podem ir à Maternidade que está disposição”, concluiu.

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