A permanência ou não do sargento Natalício Braga de Castro à frente da Associação dos Militares do Acre será decidida na manhã desta sexta-feira, 11, durante assembléia geral, realizada no Clube de Cabos e Soldados da Polícia Militar. A decisão vai depender do resultado do relatório final que será apresentado pelo Conselho Deliberativo da Ameac acerca da denúncia de suposto desvio de combustível.
O combustível era liberado mediante requisições assinadas pelo presidente Natalício Braga, o que fez com que as suspeitas, num primeiro momento, se voltassem contra ele. De acordo com a denúncia, durante o mês de agosto a presidência da Associação dos Militares consumiu 1.433,8 litros de combustível, sendo que desse total 1.051,7 litros de óleo diesel. Nos primeiros 12 dias do mês de setembro o consumo da Associação já somava a quantia de 612,42 litros de combustível e 532,51 era óleo diesel.
Quando o escândalo estourou nos jornais, Natalício Braga pediu afastamento do cargo e desde então não se tem conhecimento do seu paradeiro. Em conversas com alguns jornalistas, ele chegou a declarar que era vítima de uma conspiração política planejada por um grupo de policiais, tendo a frente o major Whesley Rocha.
O presidente interino da Ameac, sargento Luiz Gonzaga Ribeiro, declarou ontem que ainda não teve acesso ao resultado final da investigação e que, a decisão final em relação a permanência ou não do sargento Braga será deliberada em assembléia geral. Assegurou ainda que o processo de investigação aconteceu dentro do prazo e que todas as partes interessadas foram ouvidas.
A associação tem em seus quadros 2.160 filiados em todo Estado. A expectativa é de que entre 30 e 40 por cento desse total compareça a assembléia de hoje. A presença do próprio Braga ainda é uma dúvida para os membros da Associação, mas existem aqueles que apostem que ele vai aparecer.
CASO VIEIRA
Em relação à denúncia de que o vereador e sargento PM Francisco Vieira (PHS) destinava as suas verbas indenizatórias para um Fundo de Saúde da Ame, Ribeiro, afirma que não ficou nada comprovado. “Não encontramos qualquer registro de repasse financeiro do vereador Vieira para a Associação dos Militares, se isso ocorreu foi entre ele e o próprio Natalício”, disse.