A maior rede atacadista do Brasil de auto-serviço, o Makro, inaugura amanhã em Rio Branco a sua mais nova loja. Com focos de vendas para os HoReCas (conceito de hotéis, restaurantes e cafeterias), ou os chamados clientes profissionais, o supermercado espalha seus produtos por prateleiras de grandes proporções e embalados nos pacotes de fábrica. A variedade de itens comercializados é outro destaque; há desde os sacos de arroz até computadores. São mais de 12 mil itens entre alimentícios e não-alimentícios.
A dona-de-casa que quiser fazer a feira mensal também pode ir ao Makro. À primeira vista tem-se a impressão de estar dentro do depósito de alguma loja, ao invés de um supermercado. As prateleiras chegam quase à altura do teto. Outro diferencial é o carrinho de compras, com dimensões bem maiores. Além disso, o Makro não oferece as poluidoras sacolas plásticas. Um ponto comemorado pelos ecologicamente corretos.
“O cliente pode levar suas compras do carrinho direto para o seu veículo”, explica o presidente do Makro no Brasil, Rubens Batista Júnior. Acompanhado de outros diretores da multinacional no país, Batista participou de uma entrevista coletiva na tarde de ontem, e levou os jornalistas às instalações da 73º loja do Makro. Com investimentos de R$ 21 milhões, a aposta de abrir uma filial em Rio Branco por pouco não se tornou uma verdadeira dor de cabeça para o grupo.
Uma ação desastrosa da prefeitura e do Ministério Público Estadual chegou a pedir a demolição da obra por possíveis problemas ambientais. “Nós temos uma política de atuação pautada na sustentabilidade. Não abrimos uma loja onde isso não seja possível. Nós corremos o risco de colocar R$ 20 milhões em um lugar e perdemos tudo”, diz o presidente do Makro.
Segundo ele, antes da finalização da compra dos terrenos é realizada a análise do solo e de toda a documentação legal. “Em Rio Branco não foi diferente. Tomamos todas as providências necessárias”. Ao todo, o Makro gera mais de 250 empregos diretos, sendo que 40% deles jovens no primeiro emprego. A abertura de mais uma filial na Amazônia faz parte de uma política de apostas nos mercados do Norte e Nordestes, as regiões em franco crescimento do país.
No Acre, a meta é atingir um mercado consumidor de 500 mil pessoas. Além de Rio Branco, que detém 50% do PIB acreano, o Makro pretende abastecer Brasiléia, Bujari, Capixaba, Epitaciolândia, Plácido de Castro, Porto Acre, Senador Guiomard, Sena Madureira e até a longínqua Cruzeiro do Sul. O funcionamento da loja começa a partir das 7h30 de amanhã e está localizada às margens da Via Verde, próximo ao trevo do Calafate.
Com uma área de 7 mil m², Makro aposta no Green Building
A loja Makro construída em Rio Branco ocupa uma área de 7,6 mil metros quadrados. Um dos pontos levados em consideração foi a sustentabilidade, seguindo a tese do Green Building, princípio da engenharia que tem como foco a construção sustentável. Toda a iluminação interna durante o dia é feita pela iluminação do Sol. “Serão mais de 14 horas sem ser necessário o uso de lâmpadas”, diz José Leon, diretor de Expansão.
Todas as paredes externas foram pintadas de branco, o que permite um maior reflexo dos raios solares diminuindo a sensação de calor e economizando energia, já que não é necessário o uso de ar-condicionado. O Makro tem uma área verde de 4,6 mil metros quadrados que permitirá a absolvição da água da chuva pelo solo.
Braço do grupo holandês SHV Holdings N.V, a rede varejista está no Brasil desde 1972, com sua primeira loja em São Paulo. “Em cada cidade que chega o Makro provoca uma deflação nos preços praticados no mercado como um todo”, afirma Martijn Winkel, vice-presidente do Makro Brasil.