Carro de som, convites entregues às escolas, uma ‘boa’ causa, apoio sindical, imprensa avisada e Ciatran pronta para interditar as ruas do Centro. Estava tudo preparado para o 1º dia de protesto por melhorias nas condições do transporte coletivo da cidade, ontem, as 10h30, na praça Plácido de Castro, promovido pelo Movimento de Direitos Humanos (MDH/AC), em parceria com o Sinteac, Sinplac, CUT e CTB. Tudo exceto por um detalhe vital: a presença dos estudantes na manifestação. Aparentemente, os alunos convidados não se mobilizaram com a causa, cancelando as reivindicações de ontem e remarcando-as para a quarta-feira da próxima semana.
O coordenador do protesto, Jocivan Santos, lamentou a falta dos estudantes. De acordo com ele, o ato foi planejado em cima das várias denúncias de usuários do transporte coletivo que chegaram ao MDH. Entre elas, destacam-se a superlotação, a demora nas paradas, o tumulto que se forma no Terminal à entrada nos coletivos, o desrespeito ao usuário, ônibus velhos e a quantidade pequena de carros na frota de Rio Branco. “Enfrentamos muitos problemas nos ônibus. A situação é caótica e foi isso que passamos para as principais escolas do Centro na hora de convidá-las, mas infelizmente elas não apareceram, o que acaba sendo ruim para nós, usuários”, comentou.
O coordenador chegou ao local de protesto com o carro de som por volta das 10h45 e ficou expondo as reivindicações. A idéia original da manifestação era reunir na praça e partir com estudantes e usuários até o Terminal Urbano, às 10h30, interditando as ruas do Centro no trajeto. Como as escolas só liberam os alunos às 11h30, o horário foi adiado para 12h, intervalo que fez com que a Ciatran, que chegou ao local por volta das 10h30, desaprovasse o ato por conta do grande fluxo de carros ao meio-dia. Porém, independente da Companhia de Trânsito bloquear ou não as ruas, a falta de pessoas impossibilitou a atividade protestante.
“Nesse horário não há condição. Mesmo que não tenham enviado ofício de aviso à Ciatran, nós viemos até aqui para fazer a nossa parte. Só que meio-dia não é hora para fechar as ruas do Centro porque os transtornos ao trânsito da cidade seriam enormes. Agora, se vão mesmo transferir o protesto para outro dia, tudo bem, contanto que nos avisem com um determinado prazo de antecedência e o façam no horário adequado”, esclareceu Luciano Dias, major da Ciatran.
Por volta das 12h, o movimento estava totalmente cancelado. O coordenador Jocivan Santos retirou o carro de som às 12h15 e a Ciatran saiu logo em seguida. O horário para a manifestação, remarcada para a próxima quarta-feira, ainda não foi determinado.