A Pesquisa Nacional da Saúde do Escolar (Pense), divulgada ontem pelo IBGE, aponta que 26,7% dos estudantes rio-branquenses da última série do ensino fundamental afirmaram já ter experimentado cigarro alguma vez. O índice é o maior da região Norte e se encaixa com o outro estudo que indicou o Acre como o líder no ranking de fumantes ativos do país. Os entrevistados responderam ao questionário usando o próprio computador de mão do IBGE, o que proporcionou mais privacidade.
Para 94% dos alunos da Capital, a família se importaria muito caso soubesse que ele estivesse fumando. Já o consumo de álcool entre os estudantes é bem mais significativo: 57% dizem ter tomado algum tipo de bebida alcoólica. Um número chama a atenção: as adolescentes são as que mais experimentaram o álcool, 61% contra 53% dos meninos.
A Pense também perguntou sobre o uso de droga pelos alunos. Quase 7% dos rio-branquenses afirmaram ter usado droga ilícita alguma vez. Os estudantes puderam falar sobre sua vida sexual, tema este que sempre costuma ser um tabu no convívio com os pais. Mais de 34% dos jovens que estão nas escolas públicas e privadas responderam ter mantido relação sexual pelo menos uma vez.
Os rio-branquenses mostraram ter consciência sobre os riscos causados pelo sexo sem proteção. Oitenta e dois por cento deles disseram usar preservativo no ato – o maior índice do país. Outro indicador que coloca os jovens da Capital em destaque é quanto à orientação nas escolas sobre as doenças sexualmente transmissíveis. Mais de 90% foram informados sobre as DST.
A pesquisa do IBGE quis saber sobre o impacto da violência na vida escolar dos estudantes. Em Rio Branco, 6,3% responderam que deixaram de ir à escola por causa de perigos no trajeto colégio-casa. Brigas e discussões no interior da escola também foram analisadas. Quase 70% disseram se sentir humilhados por provocações dos colegas. Mais de 18% dos estudantes menor de idade confessaram dirigir automóvel nos últimos 30 dias.
A Capital acreana tem 5,2 mil adolescentes entre 13 e 15 anos matriculados no último ano do Ensino Fundamental, sendo que 84% deles estão nas escolas públicas, e apenas 14% na rede privada. Indagados se seus pais sabiam o que faziam durante o tempo livre, 47% afirmaram positivamente. Mais de 13% dos alunos rio-branquenses faltaram às aulas nos últimos 30 dias sem a autorização dos pais. .