O Departamento de Vigilância Epidemiológica de Rio Branco confirmou um aumento considerável no número de casos de dengue no Conjunto Universitário. O diretor Jeosafá César não soube precisar o número de casos, mas afirma que o aumento foi registrado nas últimas duas semanas, período que coincide com a intensificação das chuvas na Capital.
A dona-de-casa Rosineide Borges de Oliveira é uma das vítimas do mosquito Aedes aegypti. Além dela, outras quatro pessoas da sua família já contraíram a doença. Todos residem na Rua Saldanha Marinho, no Conjunto Universitário. “Aqui na minha rua, quase todo mundo já adoeceu”, disse.
Um bebê de um ano e meio, que estava de hóspede na casa da Rosineide, também está com dengue. A avó dele é outra vítima. Durante a visita de A GAZETA ao Conjunto Universitário, ela tinha ido fazer uma visita ao médico.
De acordo com Josafá Batista, a exemplo do que ocorre nos demais bairros, os casos de dengue no Conjunto Universitário estão relacionados a questões de agressão ao meio ambiente, tais como acúmulo de lixo em locais proibido, esgotos não tratados, dentre outros.
Os moradores do conjunto da localidade também pensam assim. Elas afirmam que tem recebido constantes visitas dos agentes de endemias e que as coletas realizadas nas residências não indicam novos focos de dengue, o que reforça a suspeita de que o foco esteja localizado em outro local.
A suspeita é que o criadouro estivesse localizado numa área verde próxima a lagoa de decantação, conhecida como pinicão. Com base nas denúncias dos moradores, a prefeitura determinou uma operação varredura nas imediações e o local ficou livre de entulhos.
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus. Atualmente, a dengue é considerada um dos principais problemas de saúde pública de todo o mundo.
REFORÇO – Trinta e seis novos agentes de endemias entraram em campo ontem, 14. A meta, segundo Josafá César, é contratar 150 novos profissionais até o final do ano. Sendo que 100 serão de responsabilidade do município e 50 do Estado. Com esse reforço de pessoal e com a ajuda da população, Josafá acredita que as ações de combate a dengue irão surtir mais efeito.