O efetivo completo de 126 vigilantes da empresa VIG de segurança privada entrou em greve por tempo indeterminado no final da semana passada e já passaram a tarde inteira de ontem (14), desde às 13h30, em frente à firma cobrando mais compromisso para com os direitos trabalhistas da classe. Além de atrasos salariais, os vigilantes exigem que a VIG se comprometa a pagar 3 meses de ticket alimentação, vale transporte, férias contratuais e termos de rescisões atrasados.
De acordo com Arnaldo Matos, presidente do Sindicato dos Vigilantes do Acre (Sindeesytac), desde a instalação na Capital a VIG vem descumprindo acordos com os vigilantes. Por isso, a greve se tornou um dos únicos caminhos encontrados pela classe para tentar fazer com que a companhia dê mais respeito à categoria. “Mesmo com a greve, eles ainda não assinalaram nenhuma posição para conversas. Sendo assim, continuaremos com o movimento até que decidam tomar uma atitude mais séria, que não fique restrita apenas à palavra”, finalizou ele.
A exemplo dos vigilantes da VIG, o restante da categoria no Estado (cerca de 1.200 seguranças) também pode deflagrar uma greve por tempo indeterminado pela falta de acordo salarial. Segundo o presidente Arnaldo Matos, os vigilantes pedem um reajuste de 10% no seu vencimento, porém, os patronos das empresas de segurança privada estão relutando em conceder o pedido. Das 3 rodadas de negociação entre as partes, a primeira não resultou em nada, a segunda em uma oferta de 5,51% de reajuste e a terceira numa proposta maior de 7%.
Apesar do aumento, a classe recusou as ofertas. A última recusa, inclusive, foi dada em uma assembléia geral, realizada no final da semana passada. Assim, na manhã de ontem os patrões reuniram-se novamente com a presidência do Sindesytac para renegociações, com a promessa de uma nova posição a respeito de mudar ou não a proposta até às 16h de ontem. Contudo, até o fechamento desta edição a presidência do sindicato dos vigilantes não havia recebido nenhuma nova posição dos patronos.
“No momento, ainda estamos negociando novo acordo, mas caso não haja uma resposta imediata o sindicato publicará um novo edital convocando para assembléia de votação para greve. O que estamos esperando é que os patronos sejam razoáveis e não deixem a situação até esse ponto de greve geral, mas se for preciso que se estenda a essas proporções nós estaremos sim preparados para realizá-la”, finalizou Arnaldo Matos.