Os vigilantes de segurança, representados pelo Sindicato dos Vigilantes do Acre (Sin-deesytac), se reuniram ontem, das 15 às 17h, para a 3ª rodada de negociações com os patronos da categoria. Comparada com as rodadas anteriores, a 3ª proposta evoluiu, com a concessão de 7% no reajuste salarial e 50 centavos no ticket alimentação diário. Contudo, a classe, que possui cerca de 1.200 vigilantes no Acre, pede no mínimo 10% de reajuste. Assim, o sindicato agendou para amanhã e sábado, às 8h, na Eletroacre, uma assembléia com a categoria para votar pela aceitação da nova proposta ou pela deliberação de uma greve geral da classe a partir da próxima semana.
De acordo com Arnaldo Matos, presidente do Sin-deesytac, é bem provável que amanhã os vigilantes se manifestem a favor da paralisação das atividades em virtude da alta defasagem salarial. Caso isso aconteça, os protestos serão feitos com base em duas diretrizes: pedir pela concessão dos 10% de reajuste, além de outros pontos salariais, e denunciar para a população da Capital as obrigações trabalhistas que a empresa de segurança VIG não está cumprindo devidamente no Estado.
Também é importante destacar que, se realmente houver uma paralisação, toda a categoria pode optar por não trabalhar. Isso porque o cargo de vigilante não obriga 30% de mínimo operante, já que não se trata de um serviço público de ‘vital necessidade’.
“Na primeira pauta, protestamos diretamente contra a falta de compromisso com atrasos salariais que a VIG vem demonstrando para com os vigilantes desde o dia em que foi inaugurada. Há algum tempo eles até assinaram uma ata prometendo corrigir a sua atuação até o dia 26 deste mês, mas até agora não tem empenhado esforço nesse sentido. Já na segunda, que envolve toda a categoria, os vigilantes se reunirão na frente das empresas de segurança em que são registrados para cruzar os braços pela concessão das conquistas salariais que a categoria já merece há anos”, contou Arnaldo Matos.
O presidente ressaltou que lamenta o fato da greve acontecer na época de Natal, quando circula quantidade maior de dinheiro no comércio e, conseqüentemente, quando o serviço dos seguranças se torna mais necessário para evitar assaltos e furtos. “É uma pena que estejamos nesse impasse justo no final de ano. Pedimos desculpas à população pelos transtornos que uma greve poderá gerar, mas as pessoas precisam saber dos problemas nas nossas condições de trabalho e que isso afeta diretamente o serviço que o vigilante cumpre. Por isso, temos que seguir em frente com o movimento”, finaliza.