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Juíza começa a ouvir acusados de executar PM

A titular da 2ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, juíza Denise Bonfim, iniciou ontem o interrogatório dos acusados de executar com dois tiros na cabeça o policial militar Jussivan Teles Nogueira, 33 anos. Antes de ser morto dentro da própria casa, no bairro Mauri Sérgio, o PM teve braços e pernas amarrados. O crime aconteceu no dia 2 de setembro deste ano.

Foram ouvidos pela juíza Emerson Ferreira Lima, 26 anos, e Jhonny Rafael Peixe, 22 anos. Além deles, um menor de 17 anos também foi denunciado pelo crime e apontado por ambos como o autor dos disparos que matou o policial. Outros dois maiores que também teriam tido participação estão em liberdade porque o Ministério Público Estadual (MPE) não encontrou nenhum indício de participação contra eles.

Emerson – apontado como o mandante do crime – chegou ao Fórum Criminal acompanhado pela família e pelo advogado Armysson Lee. A defesa utiliza como tese a negativa de autoria e diz que vai provar durante a instrução criminal de que o acusado estava trabalhando no dia do crime.

“A dona do estabelecimento onde ele trabalha vai depor e confirmar essa versão em juízo. Segundo os autos, a morte ocorreu por volta de 21h35, naquele dia o meu cliente trabalhou até a meia-noite, que é o horário que o comércio fecha”, disse.

Armysson Lee anunciou ainda que vai requerer à juíza a oitiva do menor, uma vez que ele já assumiu a autoria do crime. “Esse é um dos pedidos que nós vamos fazer ainda hoje. O depoimento do menor é muito importante porque ele afirma com todas as letras que foi ele quem matou a vítima”, observa.

Na ausência de advogado particular, a juíza Denise Castelo Bonfim solicitou a presença de um defensor público para acompanhar o depoimento do réu Jhonny Rafael. Para acompanhá-lo durante a instrução criminal foi nomeada a defensora pública Antônia Suely.

A DENÚNCIA – Segundo a denúncia oferecida pelo MPE, o policial militar Jussivan Teles Nogueira foi rendido por volta das 21h35, no interior da própria casa, localizada na Rua São Vicente, n º 56, bairro Mauri Sérgio, no dia 2 de setembro deste ano. A defesa da vítima foi impossibilitada, haja vista que pernas e braços foram amarrados

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