O braçal Magaiver Batista de Souza, 23 anos, foi preso na manhã de sexta-feira, 25, sob acusação de estuprar e matar a enteada, uma criança de apenas dois anos de idade.
O crime aconteceu na Colônia Trincheira, no Rio Iaco, e segundo informações da polícia, a mãe da criança, identificada pelo nome Alciete, 26 anos, teria saído de casa a pedido do marido para ir até a cidade comprar crédito para o celular e deixou a filha na companhia do padrasto.
Cerca de duas horas depois a criança já estava morta no Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira.
Para a polícia, Magaiver contou que a criança teria caído de uma escada da casa e por isso a levou para o Hhospital.
O pai do acusado contou ao delegado Antônio Alceste que por volta das 9h viu quando o filho levava a criança no braço em direção ao rio. Ele se aproximou e perguntou para aonde ia, pois percebeu que a criança estava desfalecida. O filho então informou que estava levando a criança para o hospital pois havia acontecido um acidente.
O pai de Magaiver se prontificou a acompanhar o filho e a criança até o hospital. Ao chegar na cidade, o acusado deixou o pai seguir em direção à Unidade de Saúde e foi para a casa de parentes, mas a criança deu entrada no hospital já sem vida.
Delegado vai ao local e colhe provas que o crime foi estupro
No hospital, os médicos perceberam que a criança havia sido vítima de violência sexual, pois estava com as genitais dilaceradas e marcas de mordidas por todo o corpo, além de um hematoma na cabeça com suspeita de traumatismo craniano.
Imediatamente, a equipe médica comunicou o fato à polícia, que iniciou investigação a fim de descobrir o que realmente havia acontecido com a criança.
Após ouvir a versão do padrasto da criança, o delegado e uma equipe de agentes foram ao local onde supostamente a criança havia caído.
Na casa, a polícia encontrou manchas de sangue na cama do casal e no local indicado pelo padrasto não havia marcas que sugerisse um acidente.
Segundo informações do delegado Antônio Alceste, o padrasto da criança teria confessado informalmente a autoria do estupro seguido de morte.
Delegado solicitou à prisão temporária do suspeito enquanto aguarda laudo do Instituto Médico Legal (IML) que apontará se a criança foi morta antes do estupro. Neste caso teria sido vítima de homicídio ou se morreu em função do estupro.
“É necessário definir com exatidão a causa da morte para proceder o indiciamento do acusado. Para a polícia, não restam mais dúvidas quanto a autoria do crime, até por que o acusado já confessou informalmente. Além disso, temos provas circunstanciais do crime, faltando somente a prova técnica e o laudo oficial do IML”, afirmou o delegado.