No dia em que o PMDB se reúne no Acre, para eleger a nova comissão executiva do diretório estadual, o senador Geraldinho Mesquita usou a tribuna do Senado, ontem, 18, para comemorar o crescimento do partido, e a reorganização de seus diretórios em todo o Estado. O senador falou da reeleição de Flaviano Melo, na condução do partido e das vitórias da legenda, que voltou a crescer e eleger novos prefeitos, destacando a administração do prefeito Wagner Sales, no município de Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Estado.
O senador enfatizou a união do partido em nível de Acre, e lamentou não poder está presente na eleição dos novos membros da executiva estadual do PMDB. “Quero me dirigir aos companheiros do PMDB e renovar meu compromisso com a nova executiva, eleita de forma democrática que busca uma situação que permita que as Oposições caminhem juntas, no Acre, em prol de um projeto que eu já vislumbro como bem-sucedido”, disse Mesquita.
O deputado federal Flaviano Melo, que presidiu a comissão, na gestão anterior foi reeleito juntamente com toda a chapa, ocupante dos cargos da direção estadual. Geraldinho se diz confiante na nova gestão. Segundo ele, Flaviano Melo, presidente regional do partido, teve papel importante no reencontro do PMDB com suas bases, resgatando as antigas bandeiras de luta junto à população e reorganizando diretórios, em todos os municípios do Acre.
“Todo o trabalho, do presidente estadual, e dos membros da executiva do partido, resultou na eleição de prefeitos. Enfim, no resgate do prestígio que o PMDB sempre teve no Acre, no seio da população acreana. O PMDB é um partido muito querido no Acre. A executiva do nosso diretório, com um trabalho eficiente, profícuo, conseguiu resgatar esse ambiente agradável, favorável, que sempre viveu o PMDB”, comemora Geraldinho.
Candidatura própria – Geraldo Mesquita declarou que gostaria de ver o PMDB determinado a ter um candidato à Presidência da República e um de seus líderes agindo com esse desprendimento. Mesquita afirmou “ter inveja” da forma como o PSDB vem conduzindo a articulação em torno das eleições.
“Eu gostaria que o PMDB estivesse determinado a ter uma candidatura presidencial e que um de seus grandes líderes estivesse abrindo nome da condição de pré-candidato em função da construção coletiva de uma candidatura que tenha como base a unidade do partido, a determinação de concorrer e, quem sabe, vencer as próximas eleições, afirmou o senador acreano.
Geraldo Mesquita lamentou que, até agora, o PMDB persevere em não ser reconhecido como uma oposição de destaque dentro do cenário político nacional. No entender do parlamentar, somente uma candidatura nacional permitirá ao PMDB participar de um grande debate nacional acerca de questões caras ao eleitor brasileiro.
Na opinião de Geraldo Mesquita, um partido com a história do PMDB dizer à população que abre mão da possibilidade de lançar uma candidatura nacional à sucessão presidencial, mas que está propenso a aceitar a condição de vice-presidente é algo difícil de aceitar.
O senador também anunciou que só existe uma possibilidade de, na sucessão presidencial, ele não trabalhar pela unidade das oposições que, em sua avaliação, se aglutinarão em torno da candidatura do governador de São Paulo, José Serra.
“Essa possibilidade é o próprio PMDB, para alegria de milhões de peemedebistas, lançar uma candidatura própria a presidente da República”, finalizou Mesquita.