A senadora Marina Silva (PV-AC) considera que o mundo vive uma crise ambiental sem precedentes. A ex-ministra do Meio Ambiente diz esperar que as metas assumidas pelo Brasil na Dinamarca para reduzir a emissão de gases poluentes não entrem em contradição com as políticas públicas do país.
“Espero que as propostas que foram levadas do Brasil, de que vamos nos comprometer com metas, ainda que sejam metas de redução projetadas, que elas não entrem em contradição com aquilo que estamos fazendo efetivamente do ponto de vista da prática, no que concerne às políticas públicas e aos incentivos para alcançar as metas”, afirmou a ministra.
Marina fez o alerta no último dia 7, ao receber o Prêmio Congresso em Foco 2009 como a parlamentar que mais se destacou na defesa do meio ambiente e como a senadora mais bem avaliada pelos jornalistas que cobrem o Parlamento. A ex-ministra viajou em seguida para a capital dinamarquesa, onde participa da conferência do clima das Nações Unidas.
Constrangimento ético
A senadora elogiou a iniciativa do site de premiar os melhores parlamentares. A medida, segundo ela, inibe a repetição de “práticas vergonhosas” pelo “constrangimento ético”.
“Tenho absoluta certeza de que processos como esse trazem a lume boas práticas, para que possamos com isso, pelo constrangimento ético, inibir aquelas práticas que nos envergonham a todos e principalmente a política, que deveria ser usada como ato de mediação de interesses. Não é errado defender interesses. O erro é quando alguém acha que pode sobrepor seu interesse de forma ilegítima ao interesse do outro”, observou a senadora, pré-candidata à Presidência da República em 2010.
De acordo com Marina, a sociedade não abre mão do controle social como medida de aperfeiçoamento das instituições públicas. “Precisamos fazer um processo de retroalimentação entre indivíduos e instituições virtuosas. E quando eles falham, é fundamental que não fiquemos apenas na dependência da virtude dos indivíduos”, disse a senadora. (Congresso em Foco)