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Marina sugere que Brasil contribua com US$ 1 bilhão para fundo climático

MARINA
Presentes à segunda semana da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (ONU), a senadora Marina Silva (PV-AC), o ministro do Meio Ambiente Carlos Minc (PT-RJ) e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), passaram nesta segunda-feira (14) pelo espaço da delegação brasileira no evento.
 
A senadora Marina Silva voltou a defender que o Brasil contribua para um futuro fundo climático internacional. Desta vez, a senadora especificou o quanto acredita que o país poderia destinar a ele: “O Brasil, que já emprestou recursos ao FMI, pode entrar com US$ 1 bilhão. Pode ser mais, eu não vou ficar triste com isso.”
Segundo Marina, a contribuição de um país emergente como o Brasil pode causar “constrangimento ético” para que os países desenvolvidos, que ainda não se posicionaram da forma como os pobres gostariam, “ponham mais” recursos no fundo.
 
No domingo, a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, já havia dito que o país não deveria dar dinheiro a um fundo para ajudar países pobres a combaterem e se adaptarem às mudanças climáticas porque isso é papel dos mais ricos, que têm responsabilidade histórica no aquecimento global.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, ao ser perguntado sobre a questão da contribuição ou não do Brasil a um fundo climático, destacou que o apoio a países pobres não se faz apenas pela via financeira e lembrou, por exemplo, que os brasileiros vão apoiar nações africanas no monitoramento do desmatamento.

O governador de São Paulo, por sua vez, criticou os países desenvolvidos por imporem barreiras tarifárias ao etanol brasileiro. “É um protecionismo pró-carbono”, disse. Serra apontou que haveria uma considerável economia de emissões de carbono se o mundo todo misturasse 10% de etanol à sua gasolina.
 
Segundo o governador paulista, há suficiente área agricultável para a expansão da produção de cana no Brasil, sem ameaçar a Amazônia, inadequada para esse tipo de cultivo. (G1)

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