Quem falou de candidaturas ao Governo e ao Senado nas eleições de 2010 no Acre até agora foi o governador Binho Marques (PT), que em mais de uma ocasião afirmou não ser candidato a nada e que, se depender apenas de sua vontade, a chapa majoritária da Frente Popular do Acre será formada pelo senador Tião Viana (PT) candidato ao governo, Jorge Viana (PT) e Edvaldo Magalhães (PCdoB) como candidatos ao Senado, uma vez que a senadora Marina Silva está propensa a não disputar mais o Senado e ser candidata à Presidência da República pelo Partido Verde.
Voltando um pouco no tempo, vamos lembrar que, em situação absolutamente adversa, Tião Via-na foi candidato ao governo em 1994, ficando fora do segundo turno por uma diferença de 2 pontos percentuais do então senador Flaviano Melo (PMDB), derrotado na etapa final por Orleir Cameli.
De lá para cá, o cenário político do Acre mudou e mudou para muito melhor. Tião Viana já foi eleito e reeleito senador com votações espetaculares, e há 12 anos representa com dignidade e competência o povo do Acre em Brasília, tendo acumulado experiência suficiente para qualquer missão, tanto no Acre quanto no plano nacional.
Jorge Viana reúne todas as qualidades necessárias para as funções mais elevadas, e já provou isso de sobra com todos os avanços e conquistas que o Acre experimentou durante os oito anos em que esteve sob seu governo. Ele, tanto quanto o governador Binho Marques, entende que é chegado o momento do Acre ser governado pelo senador Tião Viana, que goza de imenso respeito, carinho e admiração junto à maioria dos acreanos e que lidera desde as eleições de 2006, quando ele não pode disputar por ser irmão do então governador, todas as pesquisas de intenção de votos realizadas.
Tião Viana é diferente e, caso seja eleito, com certeza fará um excelente governo, embora com estilo diferente do que foram os oito anos de Jorge Viana e do que estão sendo os quatro anos do governo Binho Marques.
Aliás, Jorge e Binho, em que pese o jeito de ser de cada um, entram para a história como excelentes governadores, e a “esperança do coração da gente” (lembra o jingle de 1994?) é que Tião Viana também entre para a história como um homem justo, que dedicou o melhor de si para consolidar e fazer avançar o projeto de desenvolvimento sustentável que fez do Acre um Estado próspero, respeitado e motivo de orgulho para todos os seus habitantes.
Quanto à aventureira tentativa do derrotado candidato Chagas Freitas de tomar o mandato do senador Tião Viana no tapetão, o TRE do Acre e o Tribunal Superior Eleitoral já deram a resposta adequada. Sua representação foi considerada inócua, inoportuna e impertinente porque os dois tribunais compreenderam que meus afastamentos da Secretaria de Comunicação e depois da assessoria especial do governo se deram de acordo com os prazos de desincompatibilização estabelecidos na legislação e na resolução que regulamentou aquelas eleições, como provam os documentos que acompanham o pedido de registro e depois a homologação das candidaturas.
Tanto que jamais recebemos qualquer notificação do TRE e depois de confirmados os resultados fomos diplomados normalmente e o senador Tião Viana foi empossado e já exerce há quase quatro anos este mandato que legitimamente o povo lhe deu.
Se Chagas Freitas permanece com seu objetivo de ocupar uma cadeira no Senado, é melhor entrar na disputa contra Jorge Viana e Edvaldo Magalhães em 2010, porque a de 2006 teve um vencedor chamado Tião Viana, de quem tenho a honra e a imensa responsabilidade de ser suplente.
Um abraço.
* Jornalista e secretário de Comunicação do Governo do Acre e primeiro-suplente do senador Tião Viana (PT).