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Anistiados voltam ao emprego na Eletronorte 18 anos depois

O motorista Cornélio Oliveira Neto, empregado temporariamente na Prefeitura de Rio Branco, não vai mais perder o sono pensando na próxima oportunidade de trabalho. Depois de 18 anos de muita luta, Cornélio e outros 11 trabalhadores da Eletronorte demitidos durante o governo Collor já tiveram seus processos de anistia homologados e reassumem seus postos a partir da próxima segunda-feira, 18. Antes, às 9h, Cornélio e outros trabalhadores anistia-dos participam de um café-da-manhã na sede do Sindicato dos Urbanitários.

Ao todo, 199 trabalhadores tiveram seus processos homologados em todo o Brasil. Cornélio lembra que as demissões ocorreram entre 1991 e 1992 a pretexto da realização de uma reforma administrativa durante os primeiros anos de Collor. “Com o impeachment e a renúncia de Collor, o seu sucessor Itamar Franco freiou a onda de demissões e constatou que o quadro de servidores estava desfalcando, faltava gente para trabalhar”, lembra Fernando Barbosa, diretor do Sindicato dos Urbanitários.

Cornélio liderou em Rio Branco um grupo de servidores demitidos da Eletronorte e outros órgãos federais, como a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Com apoio do Sindicato eles se uniram a uma associação de servidores demitidos e conseguiram, ainda durante o governo de Itamar Franco, o benefício de uma lei que anistiou os demitidos, mas que só passou a ser praticada de fato durante o Governo Lula. (Assessoria)

 

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