O aumento da salário mínimo foi um dos principais fatores para do déficit da Previdência em 2009, que foi de R$ 43,614 bilhões, de acordo com os número divulgados hoje (19) pelo secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer. Segundo ele, houve déficit na área urbana e na rural.
“Houve necessidade de financiamento [déficit] da área rural de R$ 40 bilhões [no acumulado do ano] e na área urbana tivemos a necessidade de financiamento de R$ 2,6 bilhões. O déficit na área urbana é explicado pelo crescimento das despesas em função dos reajustes antecipados em um mês”.
No mês de dezembro foram arrecadados R$ 25,59 bilhões e gastos R$ 23,83 bilhões, o que resultou em superávit de R$ 1,75 bilhão. A previdência urbana foi quem puxou para cima o resultado do mês passado com uma arrecadação de R$ 25,14 bilhões e despesas de R$ 19, 09 bilhões, o que gerou saldo de R$ 6,04 bilhões.
De janeiro a dezembro, a arrecadação foi de R$ 184,57 bilhões e as despesas, de R$ 228, 19 bilhões, o que gerou o déficit de R$ 43,61 bilhões. Em relação a 2008, o déficit aumentou 12,6%.
Segundo Schwarzer, a expectativa para 2010 é positiva. Para ele, mesmo com o aumento das despesas motivado pelo reajuste do salário mínimo acima da inflação será possível cobrir essa despesa.
“Temos uma expectativa positiva para o ano de 2010 em que os reajustes de benefícios, tanto do salário mínimo quanto dos de benefícios acima do salário mínimo que terão reajustes reais acima da inflação, serão eventualmente cobertos pela melhoria da arrecadação sobre a folha salarial, que estará um com [um volume] pronunciado”, afirmou.
Contudo, ele evitou falar em números para 2010 e explicou que ainda será realizada uma reunião com o Ministério do Planejamento para definir as projeções. Schwarzer disse, porém, que o reajuste do salário mínimo vai custar R$ 8 bilhões a mais a Previdência. Em dezembro, 18,7 milhões de pessoas receberam só em dezembro benefício pela previdência no valor de um salário mínimo. (Agência Brasil)