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Engenheiro morre com suspeita de dengue hemorrágica, na Capital


O engenheiro agrônomo, Luís Alberto Barroso Pardo, 57 anos, deu entrada no hospital Santa Juliana na madrugada da última segunda-feira, 11, sentido fortes dores na cabeça e vômito, levando a família e os médicos que o atenderam horas antes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tucumã e do Pronto-Socorro a suspeitarem de dengue.
Na chegada ao hospital, o filho do paciente, Cristhean Barroso, informou aos enfermeiros que o pai tinha um histórico de AVC ocorrido há dois anos e sofria de anticoagulação no sangue, além de portar uma válvula no coração.

No entanto, o detalhe que culminaria com o falecimento de Luís Alberto era o fato de ele ser alérgico a Dipirona, medicamento prescrito pelo médico de plantão, que supostamente evoluiu seu quadro para uma dengue hemorrágica.

Cristhean alega à reportagem que mesmo alertado sobre o cuidado com o paciente, ele presenciou a enfermeira de plantão injetando Dipirona em seu pai, causando uma convulsão imediata, um internamento na UTI do hospital e conseqüentemente o óbito de Luís Alberto.

“Por várias vezes eu falei que meu pai era alérgico a Dipirona, mas mesmo assim injetaram o medicamento nele. Por conta disso, acionamos nosso advogado e vamos exigir um esclarecimento sobre a causa mortis dele”, disse Cristhean Barroso.

A família já enviou amostras do sangue de Luís Alberto para um laboratório em São Paulo e exigiu um laudo expedido por uma junta médica para verificar o que de fato ocorreu.
Em seu protesto, ela inclui ainda o fato de o hospital não ter um médico de emergência no segundo piso, onde ficam localizados os vários apartamentos de pacientes. “Tivemos que esperar o médico da UTI vir socorrer meu pai porque não tinha um médico no hospital no momento em que ele sofreu a convulsão”, frisou ele.

Convulsão e hemorragias
No relato da família de Luís Alberto, consta que ele morreu com forte hemorragia, convulsões pelo fato de ser um paciente especial (anticoagulante), parada respiratória decorrente de um choque anafilático. “Vamos em busca de esclarecimentos sobre o caso porque eu mesmo presenciei esses erros. Meu pai entrou andando e falando no hospital e saiu de lá morto. É preciso que casos como esses sejam investigados de forma rigorosa para que ao menos outras pessoas não sejam vítimas desse descaso”, alertou Cris-thean Barroso.

Direção do hospital desconhece o caso – Num contato com a médica Dilza Ribeiro, membro do Conselho Administrativo do hospital Santa Juliana, ela informou que o responsável pela Clínica Médica do hospital é o médico Eduardo Hadad.

Ao falar com a reportagem, Hadad disse desconhecer o caso, mas que iria procurar se informar sobre o assunto, e adiantou que a médica responsável pela prescrição do Dipirona ao pa-ciente é extremamente competente e responsável.

A reportagem tentou contato com a médica infectologista através do seu consultório e do seu celular, mas não obteve êxito.

 

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