Há 10 anos a taxa de mortalidade infantil entre crianças recém-nascidas (menos de 28 dias) era preocupante em todo Brasil. Assim, o Governo Federal criou em 2004 o Pacto pela Redução da Mortalidade Materno e Neonatal com o fim de reduzir tal índice. Para manter o sentido desse trabalho, o Instituto Dom Moacyr (IDM), em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde, inauguraram ontem de manhã, às 9h, na Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha, as primeiras aulas para os cursos de aperfeiçoamento Pós-tecnico em Obstetrícia e UTI Neonatal.
Os cursos têm 180h de duração (distribuídas em cerca de 7 semanas) e são destinados para 70 técnicos em enfermagem que trabalham na Maternidade Bárbara Heliodora. Eles também fazem parte de uma iniciativa do Plano Estadual de Redução da Mortalidade Materna e Neonatal, com propostas de extensão para Cruzeiro do Sul, Brasiléia e Tarauacá (áreas estratégicas à redução da mortalidade infantil no Estado).
De acordo com Ana Abreu, coordenadora da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha, os cursos servem para aperfeiçoar os técnicos em enfermagem, no sentido de melhorar a qualidade de atendimento para diminuir as taxas de mortalidade infantil do Acre na referida faixa etária. Para tal fim, os dois Pós-técnicos são divididos em aulas teóricas e práticas, que trabalham a maior parte de conceitos, procedimentos e atuação dos mencionados trabalhadores em Saúde. “São aulas bem dinâmicas e que focam em cima de pontos importantes para a atuação destes profissionais”, explicou.
Outra autoridade que ressaltou a importância do projeto foi o diretor-presidente do Instituto Dom Moacyr, Irailton Lima. Segundo ele, os dois cursos garantirão uma formação técnica mais completa para os 70 profissionais acreanos envolvidos. “Esses técnicos em enfermagem que receberem este aprendizado desenvolverão competências mais condizentes que o que é exigido em sua atividade diária, o que é bom para eles e para nós. Isso porque a nossa intenção é criar as condições para reduzir essa taxa de mortalidade materno e neonatal aqui no Estado, que infelizmente ainda é muito alta e precisa de ações como esta para reverter essa situa-ção”, comentou.
E a prova disso é a expectativa dos alunos. Para Kelly Barbosa da Silva, 29 anos, técnica em enfermagem há 7 anos e que agora integra o curso de UTI Neonatal, as aulas serão muito úteis para complementar o seu conhecimento adquirido no trabalho e na faculdade. Além disso, o curso incrementará bastante o seu currículo. “Espero aprender muito com o curso, aprimorar o que eu já sei e, acima de tudo, poder aplicar toda essa teoria com muito êxito e precisão”, declarou uma empolgada aluna.