O nível do Rio Acre teve uma significativa elevação de 1,42 metros e alcançou ontem a marca de 12,60 m em Rio Branco, o equivalente a apenas 90 cm abaixo da cota de alerta municipal (13,5 m). A subida do rio é conseqüência das chuvas que caíram nos últimos dias em Assis Brasil, Riozinho do Rola e outras cabeceiras do Rio Acre que desaguam na parte que corre por Rio Branco. Apesar da grande cheia, não há casas alagadas pelo transbordamento do rio, mas é questão de centímetros para que isso aconteça, já que marcas entre 13 a 14m já começam a chegar a algumas residências.
De acordo com o ten-cel. CBM José Ivo, secretário executivo da Coordenação Esta-dual da Defesa Civil (Cedec/AC), a previsão para os níveis do rio nos próximos dias é um mistério para o órgão. No momento, apesar de todo o monitoramento diário que é feito pela Cedec/AC, é difícil prever com precisão se o volume de águas do rio sofrerá vazante ou se tornará a subir. Ou seja, as chances de uma alagação na Capital não estão descartadas, até porque a ‘previsão do tempo’ é de mais chuvas para o Acre.
“Por tal razão, a Defesa Civil Estadual já trouxe à tona novamente o seu plano de contingência para como proceder no caso de alagação. Esperamos que não haja ocorrências desta natureza, porém, mesmo assim, já estamos alertas e com tudo pronto para agir diante das diversas situações decorrentes de alagações. Durante o ‘verão’ e mesmo no começo deste ‘inverno’, fizemos estudos e levantamentos das áreas de riscos, das casas e das famílias que estão nelas e isso possibilitou que montássemos todas as estraté-gias para como atuar, mas isso não quer dizer que estamos esperando uma alagação e sim que estamos preparados para se ela vier a acontecer”, garantiu o coronel.
Conforme os estudos elaborados pela Cedec/AC, as áreas de maior risco de Rio Branco para o transbordamento do Rio Acre são os bairros Airton Sena, Baixada da Habitasa, Cadeia Velha, Cidade Nova, Seis de Agosto e Adalberto Aragão. Além de problemas com alagações, a Defesa Civil está atuando com alguns locais afetados pelo desbarrancamento. Nas demais cidades acreanas, o nível do rio está normal e ainda relativamente longe das cotas de alerta.