A escassez de chuvas nos primeiros dias de 2010 tem feito com que o nível do Rio Acre apresente níveis oscilantes significativos. Até ontem, a medição da Defesa Civil registrava a cota de 8,80m. O normal para janeiro é de 9,51m. Na terça-feira (19), estava em 9,48m. De um dia para o outro, o Rio Acre vazou mais de um metro. A oscilação maior ocorreu de domingo para segunda-feira. Depois de um final de semana chuvoso, o nível do manan-cial subiu dois metros.
Os dias de sol com chuvas esparsas fez com que o rio subisse e descesse seu volume de água de forma rápida. O Corpo de Bombeiros considera a situação como normal para este início de 2010 de temperaturas altas, e só resta esperar o comportamento das chuvas do “inverno amazônico” para avaliar se haverá ou não transbordamento. Por enquanto o Rio Acre está a pouco mais de cinco metros da cota de alerta.
Nos primeiros vinte dias de janeiro, a precipitação pluviométrica na Capital estava em 226,7 mm. Para o primeiro mês do ano, a média é de 276,5 mm. Para o Corpo de Bombeiros, a preocupação principal é com as chuvas nos afluentes do Rio Acre, como o Xapuri e o Riozinho do Rola. Até ontem este último media 5,82 m. De acordo com as previsões meteorológicas, os próximos dias serão de muitas chuvas no Acre.
“Entre quinta e sexta-feira deve chover acima da média em praticamente todo o Estado”, diz Luiz Alves, meteorologista do Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia). A Bacia do Rio Acre deve ser a mais atingida pelas chuvas, o que deixa em alerta a Defesa Civil. A precipitação nesta região influi diretamente na cheia do manancial que atravessa a Capital, atingindo os bairros mais baixos.
De acordo com o Sipam, a região central do Estado foi onde mais choveu nos últimos dias. A situação no interior ainda não preocupa. Ontem o Rio Iaco, em Sena Madureira, atingiu a cota de 10m. Em Cruzeiro do Sul o Rio Juruá mede 6,16m – sete metros abaixo do nível de transbordamento.