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Secretária Maria Corrêa: “há vagas para todos nas escolas”


Durante a entrevista, ontem, no quadro Boca no Microfone, na 93,3 FM, a secretária de Educação, Maria Corrêa, falou sobre as filas que se formaram para matrículas na rede estadual de ensino. Ela também comentou sobre as oportunidades de alfabetização para os adultos que desejarem. Segundo Maria Corrêa, as escolas do Estado estão priorizando a compra da produção agrícola familiar para a merenda dos alunos. Quanto à possibilidade de haver uma educação de horário integral no Acre, a secretária, afirmou que o processo tem sido implantado gradativamente, mas que isso demanda grandes recursos financeiros para se concretizar na totalidade.

Vagas para todos
A secretária de Educação explicou como funciona o sistema de matrículas no Estado.  “A Secretaria de Educação se prepara para fazer as matrículas desde outubro do ano anterior. Nós fazemos uma leitura para avaliar as demandas de cada região. Na verdade, da educação básica até o ensino médio é obrigatório no país inteiro. O poder público tanto estadual quanto municipal tem que garantir as vagas. Como a rede estadual é grande e tem comportamentos diferentes em alguns lugares, apesar das nossas orientações, acontecem problemas. Mas os pais têm que ser bem atendidos. Tem que haver plantão nas escolas para atender. Fazemos as matrículas por zoneamento. Não é preciso fazer filas e nem ninguém precisa dormir nas portas das escolas porque os alunos terão as vagas garantidas. Todo o problema que têm surgido a Secretaria está com uma equipe de plantão para resolver. Como este ano estamos implantando um sistema informatizado de matrículas é normal que surjam problemas”, salientou.

Maria Corrêa também destacou que existem pais que querem que os filhos estudem em escolas tradicionais da Capital e isso nem sempre é possível. “O que ocorre é que existem escolas tradicionais onde a população quer colocar os seus filhos como a José Rodrigues Leite e o Colégio Acreano. É evidente que não cabe Rio Branco inteira nessas duas escolas. Como estabelecemos uma lógica de matrículas por zoneamento à prioridade é para quem mora perto das escolas. As nossas escolas sejam as tradicionais ou a dos mais diferentes bairros estão melhorando significativamente. Temos um padrão de ensino que é igual para todas as escolas. O que diferencia é apenas a forma de gerenciamento. Inclusive, as matrículas terminam no dia 22 (hoje), mas quem não matricular o seu filho vai até a Secretaria leva o seu problema que nós vamos resolver. O Estado oferece 157 mil vagas em toda a rede”, finalizou.

Alfabetização
O Acre ainda tem um número significativo de analfabetos. Maria Corrêa, fala do esforço para a mudança desse quadro. “Desde 99, quando o Binho Marques (PT) assumiu a Secretaria de Educação começamos um programa para reverter o analfabetismo no Acre. Naquele momento, o censo mostrava um índice de 24,4% de analfabetos no Estado. De lá para cá implantamos o programa Mova Alfa 100 e hoje nós temos 13,7% de analfabetos. Mas existe um contingente de pessoas que tem vergonha de dizerem que são analfabetos e de irem para uma sala de alfabetização. É preciso um grande esforço para convencer as pessoas que o fato de serem alfabetizados abre um novo horizonte nas suas vidas. Nós temos vários locais onde fizemos salas para alfabetizar, inclusive, no presídio”, afirmou.

Compra de merenda
O Estado está num esforço para priorizar a compra dos ingredientes da merenda escolar dos produtores rurais. “Atualmente 30% dos recursos é para adquirir merenda da agricultura familiar. Nós fizemos a expe-riência em Rio Branco e deu certo. Os produtores precisam se organizar para se candidatarem para vender os produtos às escolas. Já adquirimos leite, feijão, banana e macaxeira. Agora, nós fizemos uma viagem pelo Estado inteiro para identificar quais as potencialidades para estender para o interior. Na medida que os produtores se organizam poderemos aumentar os itens da compra”, finalizou.  

 

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