O pedreiro Duval Lima da Silva, 30 anos, foi preso na tarde de terça-feira, 05, no município de Senador Guiomard sob acusação de integrar uma quadrilha de falsificadores de documentos públicos.
Durante levantamento, a policia descobriu que Duval responde processos por dois homicídios e um latrocínio (assalto seguido de morte).
Segundo informações da polícia, o acusado estava sendo investigado há algum tempo. Foi feita uma denúncia anônima informando que Duval é foragido da Justiça, mas quando foi abordado ele apresentou documentos como Eliel Lima da Silva, 22 anos. Realizada a consulta, a polícia constatou que não existia no sistema nada contra a pessoa de Eliel.
As investigações continuaram e policiais do Grupo Capturas desconfiaram do fato de Eliel possuir no corpo tatuagens iguais às de Duval.
O suspeito foi localizado no bairro Mutirão, em Senador Guiomard, onde vivia com a mulher e filhos.
A Polícia Civil apurou que para trocar de identidade ele fugiu para o Amazonas e se juntou a um grupo de falsários, em Manaus (AM), onde adquiriu nova identidade, Certidão de Nascimento, Título Eleitoral, CPF, histórico escolar e até certidão de casamento civil.
Pela nova identidade, Duval pagou a quantia de R$ 3 mil aos criminosos amazonenses. Ciente da impunidade ele retornou para Senador Guiomard. Usando o nome falso, ele fez compras no crediário e até conseguiu fechar um contrato com uma renomada construtora da capital, onde prestou serviço de pedreiro.
Mesmo revelando os valores que teria repassado a quadrilha de falsários em Manaus, Duval evitou comentar como opera a ‘rede criminosa’ que garante todo tipo de falsificação. (Embalagens, rótulos, lacres e documento escolar fazem parte do pacote).
Ao ser preso, Duval confessou os crimes e com relação a falsificação de documentos afirmou: “não é nada, todos que querem fazem isso com muita facilidade”, referindo-se a suposta facilidade de adquirir CPF e identidade, em Manaus. Aos policiais ele disse que a quadrilha age silenciosamente.