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Bocalom não acredita no PMDB unido à Frente Popular

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Ninguém confirma, mas também não dúvida de uma aliança do PMDB com a Frente Popular, nas próximas eleições. A maioria prefere afirmações que obedecem à máxima de que em política tudo é possível. Ontem, o pré-candidato ao governo, Tião Bocalom (PSDB), confirmou a sua posição de que as oposições acreanas devem lançar vários candidatos ao cargo executivo estadual. Segundo ele, a união das oposições só deverá ocorrer num eventual segundo turno. A tese contraria a posição mais recente do deputado federal, Flaviano Melo (PMDB-AC), que deseja apenas uma candidatura de oposição para disputar com o pré-candidato da FPA, Tião Viana (PT-AC). Bocalom afirmou que só deixaria de ser candidato a governador se aparecesse um outro nome nas pesquisas com mais chances. “Mas até agora não apareceu”, reafirmou.  

Aliança FPA-PMDB
Bocalom não acredita que o PMDB possa se unir a FPA. Mas deixa uma possibilidade em aberta: “Isso pode acontecer até entre os dirigentes, mas a base peemedebista continua-rá contra a FPA”, afirmou. Para o tucano os peemedebistas tradicionais não aceitariam essa união. “Como disse o Flaviano conversar não quer dizer nada. Não vejo possibilidade dessa aliança acontecer aqui no Acre. Mas a nível nacional se o deputado Michel Temer (PMDB-SP) for candidato a vice pode ser que o PMDB do Acre possa vir a pedir voto para a Dilma Rousseff (PT)”, garantiu.

Vagas ao Senado
O pré-candidato também explicou como deverá funcionar a disputa ao Senado nas oposições. “Nós combinamos que o PMDB vai decidir entre o senador Geraldo Mesquita (PMDB-AC) e o ex-deputado João Correia. Nós do outro grupo indicaremos outro nome. Fizemos uma prévia no PSDB e levaremos o nome do Sérgio Barros, o DEM vai apresentar o Fernando Lage e o PSL o Luiz Calixto. Nessa teoria sairiam dois candidatos um do PMDB e o outro do grande grupo de seis partidos. Assim oposição sairá com dois nomes apenas”, destacou.

Saída do PMDB não enfraqueceria oposição
Considerando a possibilidade de uma aliança dos peemedebistas com a Frente Popular, Bocalom, não acredita que isso enfraqueceria uma candidatura de oposição. “Nós vemos um sentimento de mudança da população do Acre. O grande termômetro foi a eleição de Feijó, que era o município mais petista do Acre. Lá as eleições sempre foram favoráveis ao PT. Toda a turma da FPA, levou dinheiro e militantes, mas não conseguiu fazer a mudança. Tenho andado todo o Estado e o sentimento da população é de mudar esse modelo econômico. Mas se acontecer essa situação da aliança entre o PMDB e a FPA é o PMDB que vai se enfraquecer porque na realidade podem ir os cabeças, mas não a base. Tenho conversado com vereadores que não aceitam essa hipótese. O próprio Fla-viano me garantiu que ficará na oposição.

A gente até pode perder alguns votos com essa união. Mas muitos da FPA não vão aceitar a chegada do PMDB e virão com a gente. Essa aliança, se acontecer, não afetará a candidatura de oposição. Somos oposição ao modelo implantado e não aos partidos políticos”, salientou.

O ponto de vista das oposições
O pré-candidato explicou que as oposições marcharão com sete partidos diferentes incluindo o PMDB. “Nós começamos o projeto visitando o Estado com a Caravana da Mudança e tudo que a gente combinou está valendo. Ficou definido que teríamos duas candidaturas ou até três, se o PSOL resolver lançar um nome, para poder forçar um segundo turno. Isso foi combinado de público. Em política não tem papel o que vale é a palavra que foi dada em 10 municípios. O resto é especulação. Mas se essa questão for discutida no futuro a gente pode ver. Mas mesmo assim continuarei defendendo mais de uma candidatura. Agora, se o grupo achar como um todo não vou bater de frente. Mas isso é uma coisa isolada do PMDB. O DEM e o PMN têm a mesma posição que o PSDB”, garantiu.

Marina vice do Serra
Quanto às especulações de que a senadora Marina Silva (PV-AC) poderá ser vice na chapa presidencial de Serra (PSDB), Bocalom, vê com bons olhos. “A melhor chapa é Serra e Aécio Neves. Mas a Marina é um bom nome. Ninguém pode esconder a ligação que ela sempre teve com o presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e com o próprio Serra. Ela tem um bom trânsito com os tucanos a nível nacional. O Serra pode convidá-la através do PV, que já é parceiro do PSDB em vários estados. Não vejo dificuldade em acontecer esse convite”, afirmou.

Implicações no cenário regional
Na opinião de Bocalom se as especulações da imprensa nacional se confirmarem, Marina Silva, teria que mudar de palanque no Acre. “Isso seria muito bom porque ela ajuda e não atrapalha. Apesar de defender algumas idéias que não são as nossas, mas isso se equaciona com o tempo. A minha relação com a Marina sempre foi boa. Inclusive, no seu primeiro mandato eu fui o único prefeito de oposição a recebê-la, em Acrelândia, e uma boa parte do nosso grupo acabou votando nela”, finalizou.  

 

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