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Diretório do PT não defenderá nomes à segunda vaga do Senado

LEO-PT
Uma reunião do diretório do PT, na quarta à noite, deu o primeiro passo nas definições oficiais do partido visando as eleições de 2010. A reunião foi feita para dirimir qualquer especulação a respeito da pré-candidatura do senador Tião Viana (PT-AC) ao governo do Acre. “Tivemos necessidade de oficializar nossa posição. A reunião foi o pontapé inicial do debate eleitoral. O PT apresentou os nomes de Tião e Jorge. Em relação à segunda vaga do Senado o PT está remetendo o debate para os partidos da Frente Popular. Assim como para o cargo de vice”, justificou Leonardo Brito, presidente do PT acreano.

O jovem dirigente partidário também alegou que uma posição oficial do PT acaba definitivamente com as boatarias. “O PT, como principal partido da FPA, tinha que mexer algumas peças no tabuleiro eleitoral. O próximo passo é iniciar uma agenda conjunta com os outros partidos. Trabalhamos com a perspectiva de acabar com especulações como a possibilidade do Binho (PT) ser candidato à reeleição ou de que o candidato ao governo seria o Jorge Viana, por conta da ação no STF do caso do Aníbal  Diniz. Quero dizer que temos uma tática única e que o nome do Tião deverá ser agora oficializado pela FPA como o nosso candidato”, afirmou Leonardo.

Segunda vaga ao Senado

Uma calça justa para o diretório do PT é a questão da escolha do nome para a segunda vaga da FPA ao Senado. “O deputado federal Fernando Melo (PT-AC) apresentou uma carta externando o desejo dele de ser o candidato. Ele tem uma tese de que deve ser feita uma pesquisa para ver qual o nome que tem maior potencial para ganhar a eleição. A gente rechaçou a idéia de vaga natural do PT. Quando era a Marina Silva havia total consenso da FPA ou se o Binho viesse a ser candidato a senador. A questão da pesquisa também rechaçamos porque cabe às direções partidárias a decisão. Nem sempre aquele candidato que está à frente nas pesquisas é o mais forte.

O Binho, por exemplo, aparecia com traço nas primeiras pesquisas, em 2006, e conseguiu ser eleito governador. Não podemos tirar as atribuições das direções partidá-rias. A discussão cabe aos partidos  políticos. O PT colocou claramente que a metodologia de definição da segunda vaga do Senado caberá à FPA. Não cabe a gente fazer qualquer tipo de discussão interna a respeito de como deve ser feito isso. Vamos participar do debate sem apresentar nome. O Fernando Melo deve contar que o nome dele deverá ser discutido nesse coletivo da FPA, mas o PT não está apresentando o nome dele oficialmente. Se ele tiver colocando o nome é por sua conta. O PT vai participar da discussão, mas sem um nome a defender”, garantiu.

PT-PMDB
Quanto às especulações de uma possível aliança entre o PT e o PMDB, no Acre, Brito parece não acreditar. “Entendo que na política deve haver o diálogo até entre os opostos. Nós temos uma situação que será convergente entre o PT e o PMDB que é a candidatura da Dilma com um vice do PMDB. Sempre se espera que o PMDB venha desunido nas eleições presidenciais, mas pelas avaliações atuais a candidatura da Dilma irá aglutinar o partido. Portanto, haverá uma pressão para abrir o diálogo no Acre. Particularmente acho remota a possibilidade de uma aliança no plano estadual. O PT não se recusa a dialogar, mas considero isso muito difícil. Essa posição já foi externada, inclusive, por alguns dirigentes do PMDB. Acredito que as candidaturas majoritárias irão cada vez mais se consolidar. Isso dificulta trabalhar as acomodações nu-ma eventual aliança com o PMDB”, ponderou.    

No caso da Dilma vir com um vice do PMDB ao Acre será uma situação complexa. “Mas é claro que já vivemos outras situações delicadas. O fato é que no palanque da FPA deverá ter três candidatos o Ciro Gomes (PV), a Marina Silva (PV) e a Dilma Rousseff (PT) que vão apoiar a candidatura do Tião Viana. Mas o voto dos petistas à presidência será para a Dilma. Nós colocamos como principal adversário o José Serra (PSDB) e vamos combatê-la para a nossa candidata ganhar aqui no Acre”, confirmou. 

Candidaturas proporcionais
O presidente do PT acreano explicou que as candidaturas a deputado federal, em breve, terão um anúncio oficial do partido. Quanto às estaduais já está definido que haverá muitas coligações distintas dentro da FPA. “A nível federal precisamos ouvir os partidos para saber se vai haver uma coligação ampla com a formação de um Chapão da FPA.

Tivemos algumas perdas como o Sérgio Petecão (PMN-AC) e precisamos remontar uma chapa forte e robusta. No caso do Márcio Bittar ser candidato a federal a chapa da oposição ficará fortalecida. O PT vai se adequar a essa conformação. Os principais nomes de pré-candidatos é o próprio Fernando Melo, no caso de não ser escolhido ao Senado, o Sibá Machado, o Thaumaturgo Lima e temos algumas candidaturas do Alto Acre como Alvanir e o Idésio Frank. Vamos iniciar os estudos de como vai ficar a conformação”, concluiu.

 

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