A Secretaria de Saúde de Rio Branco (Semsa) deve começar a utilizar a sua mais nova arma na ‘guerra’ contra a dengue a partir desta semana. Trata-se de um novo tipo de larvicida, o Diflubenzuron, fornecido pelo Ministério da Saúde para ampliar a eficácia do combate ao mosquito transmissor da doença no Estado. No total, o Acre recebeu 20 Kg do biolarvicida há cerca de 2 semanas, dos quais 10 Kg foram destinados à Capital devido a sua demanda populacional. No momento, falta apenas a entrega dos equipamentos indispensáveis para a manipulação do novo produto, já que os agentes de endemias já foram devidamente capacitados para o serviço e estão prontos para atuar.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Pascal Khalil, o novo larvicida se faz necessário em Rio Branco por conta do tempo e da insistência na qual o antigo agente foi aplicado na cidade, permitindo que as larvas do mosquito daqui lhe criasse certa resistência natural. “Nesse sentido, esse novo material contribuirá, e muito, com o nosso trabalho. Agora, é preciso salientar que o seu uso só é necessário quando há uma condição de risco, que é quando, por exemplo, a população não veda a sua caixa d’água. Isto é, trata-se de uma medida substituta”, explicou.
Conforme o secretário, os planos para os 10 Kg recebidos do Diflubenzuron são o de fazer um novo ciclo de visitas que passe por todos os bairros da Capital até o final de fevereiro. Para tal fim, a Semsa conta atualmente com 114 agentes de endemias no trabalho de visitação às residências e com mais cerca de 60 agentes que trabalham na disseminação do UBV (‘fumacê’). A Secretaria espera o reforço imediato de mais 15 agentes para esta semana, e de mais 50 até o final do mês, fechando janeiro com efetivo de 180 servidores para visitação. Em fevereiro, estima-se que este número suba para 200 agentes. Todas as contratações serão adquiridas pelo programa Pró-Saúde.
Quanto aos riscos à saúde humana, Pascal Khalil garantiu que a nova fórmula é totalmente inofensiva. “Diferente de outros materiais que já usamos, esse larvicida tem contra-indicações para áreas litorâneas, porque ele afeta a população de crustáceos. Mas, quanto aos seres humanos, é totalmente seguro. E ele é bem indicado para a nossa cidade, já que estamos bem afastados de locais onde há praias”, esclareceu.
Secretário faz apelo para que pessoas com suspeitas busquem atendimento
De acordo com Pascal Khalil, uma das maiores preocupações em relação a esta ameaça de dengue é o agravamento da doença e a falta de procura das pessoas que apresentam casos mais graves. Segundo o secretário, Rio Branco hoje possui toda a estrutura necessária para atender aos que forem infectados pelo vírus. Portanto, a população deve procurar as unidades de Saúde ao aparecerem qualquer um dos primeiros sintomas da dengue clássica (dores de cabeça, dores musculares, indisposição e febre alta) e, principalmente, da hemorrágica (qualquer tipo de sangramento).
“Quando se trata de dengue, quanto mais rápido a pessoa for tratada, mais rápido ela se recuperará. Se demorar, o paciente terá complicações maiores”, alertou.