Em menos de 48 horas dois jovens foram vítimas de ações precipitadas da Polícia Civil e da Polícia Militar. É preciso fazer uma revisão profunda da metodologia que está sendo utilizada pelas forças de Segurança Pública do Acre. Enquanto parte da população reclama da falta de ações das polícias outra sofre com situações trágicas que acabam criando seqüelas irreparáveis para a sociedade.
No caso da jovem de 22 anos que foi alvejada pelas costas na garupa de uma moto conduzida pelo seu namorado que furou uma blitz fica difícil dar alguma justificativa plausível. No começo da apuração houve uma tentativa de companheiros dos policiais que fizeram os disparos alegarem que os tiros foram de advertência. A bala teria ricocheteado no asfalto e atingido a vítima.
É claro que ninguém pode desrespeitar a autoridade policial fugindo de uma fiscalização. Mas por outro lado é preciso saber dosar o uso de força máxima.
Principalmente se tratando de jovens que não tinham passagem pela polícia e nem estavam sob investigação. No final da tarde de ontem, a cúpula da Segurança Pública acendeu uma luz no final do túnel ao admitir a falha na operação. Promete rever os procedimentos e melhorar o nível de informação dos agentes. Mas que tudo seja feito com equilíbrio para que não haja falha por omissão e nem por excesso de atuação policial.