Com recuperação no seu volume de exportação desde 1999, o Acre encerrou o ano passado com números negativos. É o que mostra os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Em 2009, o total de bens embarcados pelo Estado foi de US$ 15,7 milhões, ante US$ 22 milhões do ano ante-rior. Mesmo com o resultado, o saldo da balança comercial (a diferença positiva entre importação e exportação) teve um superávit em US$ 14 milhões.
Depois do desempenho negativo, a balança comercial acreana começou 2010 com bons números. Em janeiro, o volume de produtos enviados pelo Acre para o exterior somou US$ 1,2 milhão. No mesmo mês do ano passado, o desempenho ficou em US$ 600 mil. Em números reais, houve um crescimento de 85,5%.
O resultado é o segundo melhor da região Norte, atrás somente do Tocantins. Mesmo com um salto de 388,9% verificado por Tocantins, o Pará é o grande exportador em volume de vendas dentro da região.
Como principal produto vendido no exterior em janeiro, o Acre teve a carne. A JBS Friboi lidera o ranking das empresas instaladas no Estado que mais comercializaram com outros países. O volume de carnes e derivados embarcados por ela chegou a US$ 468 mil dólares. Uma participação de 38% nas exportações. Logo em seguida aparece a madeira.
A Laminados Triunfo, especializada em retirada de madeira manejada, contabilizou US$ 247 mil. Juntas, as empresas do ramo de beneficiamento de madeira com selo verde ultrapassam a participação da pecuária nas exportações acreanas. Em 2009, por exemplo, a venda de madeira compensada folheada representou 42% dos bens exportados pelo Estado.
Na última década, o Acre tem batido recordes sucessivos no superávit de sua balança comercial. O melhor desempenho aconteceu de 2000 para 2001. Naquele intervalo, a soma de produtos exportados cresceu 276%. Além de 2009, foram registrados resultados negativos em 2002 (-32%) e 2007 (-0,35).