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Agentes penitenciários decidem suspender greve

Depois de aprovar em assembléia geral realizada no auditório da Escola Armando Nogueira a manutenção da greve para esta quarta-feira, os agentes penitenciários voltaram atrás e suspenderam a paralisação depois de conversar com o líder do Governo na Assembléia, deputado Moisés Diniz.
De acordo com o  presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Acre (Sindap), Adriano Marques, o deputado garantiu que hoje,  a partir das 16 horas, discutirá cada ponto de reivindicação da categoria. “Já que eles querem diálogo, vamos suspender o movimento”, confirmou.

Adriano chegou a pedir a intervenção do Ministério Público Federal (MPF) no impasse da negociação com o Estado. O pedido foi protocolado na manhã de ontem e visava garantir a abertura da pauta de discussão entre a categoria e a equipe de governo. 

Outras solicitações de apoio também foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ordem dos Advogados do Brasil/AC, e à presidência do Tribunal de Justiça.

Marques disse ter conhecimento de que o governo estaria se articulando para implodir a paralisação programada pela categoria para esta quarta-feira. “Ficamos sabendo que já foram acionados 150 alunos da PM para assumir os presídios e que o Bope também seria mandado para nos intimidar”, disse.

Segundo Marques, o movimento grevista dos agentes é pacífico e visa somente garantir o encaminhamento da pauta de discussão da categoria. “Não queremos ir para o confronto, mas também não podemos abrir mão da nossa luta”, observou.

Atualmente 880 agentes penitenciários estão lotados nos treze presídios existentes em todo Estado. Com a paralisação de 70% do efetivo, seriam 616 agentes a menos para garantir a segurança do sistema penitenciário.

A pauta de reivindicação da categoria é composta por 25 itens. Um dos pedidos é a exoneração do diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), Leonardo Carvalho das Neves.

Eles querem ainda as demissões do chefe do Departamento de Inteligência e do diretor da Unidade Penitenciária 4 – como atualmente é denominada a antiga Papudinha. “Estamos há um ano e quatro meses buscando melhorias e não vemos nada de concreto”, protesta Adriano. Os agentes também reivindicam melhores condições de trabalho e o chamamento dos 440 concursados.

O presidente do Sindap denuncia ainda que está proibido de entrar na UP-4 para visitar os colegas que estão presos, sob acusação de participação na morte de um preso na Unidade Penitenciária Antônio Amaro Alves. Medida, que ele afirma, demonstrar a forma como são tratados os agentes penitenciários pela direção do Iapen.

 

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