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Casos de dengue passam de 5,3 mil e prefeitura cobra empenho popular

A sexta semana epidemiológica (7 a 13 deste mês) fechou ontem uma parcial de 762 notificações de dengue na Capital. Com esse valor prévio, o número total de avisos oficiais durante as seis primeiras semanas deste ano (3 de janeiro a 13 de fevereiro) alcançou os 5.387 casos notificados. Dividindo esta somatória por semana, foram 532 na 1ª (3-9), 800 na 2ª (10-16), 744 na 3ª (17-23), 907 na 4ª (24-30), 1.642 na 5ª (31-6) e 762 na 6ª (semana passada, lembrando que este valor é apenas provisório). Em 2009, foram 19.451 notas, isto é, já atingimos 27,69% desta marca em menos de 2 meses.
Mesmo diante de tal resultado, a Prefeitura de Rio Branco, em face às ações do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea), ainda espera obter para este mês uma redução no número semanal de notificações. Contudo, é preciso ressaltar que para tal estimativa acontecer de verdade é importante a população se envolver com mais entusiasmo no trabalho desenvolvido pelo poder público municipal.

Conforme o diretor do Dvea, Jeosafá Cesar, todas as ações previstas no Plano de Contingência contra a Dengue estão não só sendo executadas na Capital, como também estão sendo aplicadas de modo intensificado. A medida mais recente, contou ele, foi a ampliação do fumacê para a cidade inteira, devido ao aparecimento de casos da doença até em locais não muito comuns. Para tal fim, destinaram 88 agentes para cuidar só deste trabalho, dos quais 10 são para os 5 carros com motores de UBVs (Unidades de Baixo Volume) e 78 para as 39 equipes com equipamentos portáteis do fumacê.

“Além disso, seguimos com força total nos demais trabalhos, como o educativo e o de assistencialismo estendido, com o Barral y Barral funcionando das 7h às 22h e as UPAs 24h por dia. Portanto, eu posso garantir que estamos fazendo tudo para que haja, de fato, uma queda para a dengue. Agora, eu quero ressaltar que a população precisa assumir o seu papel também nesta luta. Esse conjunto de medidas que estamos tomando não servem de nada se as pessoas não ajudarem; se elas não cuidarem mais da sua própria casa. Se não estivermos unidos não há como vencer o mosquito”, comentou.

E é com base em dados que Jeosafá traça o seu comentário. Segundo os últimos levantamentos da Vigilância (Lira), 93% dos focos de dengue da cidade encontram-se expostos em solo, dos quais 57,6% são em depósitos de água limpa, 16,1% em entulhos de lixo, 16,1% em pequenos recipientes e cerca de 3,5%  em pneus velhos. “Até mesmo este último avanço no fumacê será ineficaz se as pessoas não se cuidarem mais, pois o que o UBV faz é matar o mosquito adulto. Mas, se este adulto continuar a achar as condições propícias de reprodução, logo surgirá outro surto de adultos, num ciclo interminável. Por isso, eu peço para que as pessoas sejam mais ativas”, concluiu.

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