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Dengue faz vendas de inseticidas e repelentes subirem até 60%

A epidemia de dengue que assola a Capital provocou um crescimento de 30% a 60% nas vendas de repelentes, inseticidas e outros produtos que também inibem a ação do mosquito da doença, o Aedes aegypti. A alta começou a ser registrada desde os dois últimos meses do ano passado. Entretanto, desde o final de janeiro, quando o mosquito começou a ‘dominar’ a cidade, a demanda pelos combatentes do vetor intensificou-se de vez no comércio rio-branquense. Com isso, vários segmentos mercantis passaram a investir nos referidos produtos para atender aos preocupados consumidores. E não é para menos, tendo em vista que já foram 7.367 notificações deste mal só neste ano.
Inseticidadas
Diante da oportunidade de negócios, variedade é o que os lojistas não deixam faltar em suas firmas. Em vários lugares, as prateleiras estão lotadas de repelentes, inseticidas, aparelhos elétricos, refis e complexos vitamínicos das mais diversas marcas, tipos de aplicação, quantidades e até potência. Tudo para se enquadrar no gosto e no bolso dos clientes. Os mais procurados são os repelentes Repelex e os inseticidas SBP, Off, Detefon e Mat Inset, que possuem prazo de validade entre 1 a 2 anos.

De acordo com o gerente da Drogaria Popular da Av. Getúlio Vargas, a rede de lojas vem registrando um crescimento de 30 a 45% com estes produtos, desde outubro até o momento. Segundo ele, as pessoas estão preocupadas desde que começou o período de chuvas. Por isso, elas estão procurando os repelentes de ação contra o Aedes aegypti e se deparam com outros itens que podem contribuir de forma até mais eficaz contra o inseto. “Apesar de ser conhecido, o repelente não dá uma proteção 100% seguro. Então, mostramos os outros que causam um resultado mais efetivo”, disse.

Os produtos que o gerente se refere são os inseticidas elétricos e aerossóis, além do mata-mosquito elétrico, uma novidade da loja exclusiva para a época. Ele pode ser posto em qualquer cômodo da casa para atrair os mosquitos e matá-los com uma leve corrente elétrica. “Fora isso, algumas pessoas compram complexo B, porque ele expele na pele, no suor humano, um repelente natural contra os insetos”, completou Tonis. Na Drogaria Popular, o preço dos repelentes varia de R$ 3,99 a 12,00. Os inseticidas variam de R$ 7,00 a 24,00. Já o mata-mosquito elétrico custa R$ 89,00.

Outra drogaria que registra este aumento é a Bom Jesus, localizada na Isaura Parente. Segundo o operador de vendas, Alexandre Aquino, a loja trabalha apenas com repelentes e eles têm um crescimento que supera até os 50% nestas épocas mais críticas de infestação. “Os clientes estão procurando bastante. Toda hora nós temos que renovar o nosso estoque, senão esta demanda esgota logo o que disponibilizamos”, conta ele.

O campeão de vendas da Drogaria Bom Jesus é a marca Repelex e suas diversas modalidades. Eles estão na faixa dos R$ 4,10 até os 16,50.

Supermercados
Conforme Amarildo Nunes, um dos gerentes do Supermercado Araújo, loja do Bosque, o volume de vendas na rede acompanha o nível mercadológico, com uma alta de aproximadamente 40% em relação aos itens em questão. Segundo ele, desde que começou o ‘inverno amazônico’, o supermercado ampliou o seu estoque de repelentes e inseticidas e passa a fazer um trabalho maior de exposição destes produtos, o que inclui informes publicitários e pontos extras (prateleiras a mais para mostrá-los).

Também com muita diversidade de materiais, os preços na loja variam entre R$ 4,25 a R$ 16,50 para os repelentes e de R$ 1,25 a 24,99 para os inseticidas.

Lojas Agropecuárias
Até os pontos comerciais de produtos agropecuários estão lucrando com a epidemia de dengue. De acordo com Vagner Araújo Tavares, gerente da Safra Agropecuária, a loja trabalha com dois tipos de inseticidas (K-Othrine e Icom) nesta época de chuvas. O acréscimo nas vendas deles é de 30%. O preço do K-Othrine é de R$ 7,00 para o volume 30 ml ou R$ 132,00 por 1l, enquanto o Icom em pacote de 25g custa R$ 10,00. “Desde novembro, fazemos um pedido maior destes dois inseticidas, pois a saí-da deles é muito boa para a loja”, completa o gerente.   

Prefeitura e Uninorte realizam mutirão para combater a Dengue

A Prefeitura de Rio Branco e a Uninorte realizam um mutirão de combate à Dengue no próximo sábado, 27. A expectativa é que mais de duas mil pessoas, entre acadêmicos, agentes de endemias e servidores participem do arrastão que deve atingir pelo menos 30 bairros da Capital. A novidade foi anunciada pelo vereador Gabriel Forneck (PT), na sessão de ontem, na Câmara de Rio Branco.

Além de comunicar a realização do mutirão, Gabriel Forneck, convidou os demais vereadores e servidores da Câmara para participaram do arrastão, que inicia às 8 horas e termina às 17 horas.

“A Prefeitura de Rio Branco vem realizando uma série de ações para combater a Dengue, mas percebemos que ainda podemos fazer muito. Esse mutirão será uma grande oportunidade para que possamos unir forças e combater a proliferação desse mosquito”, explicou.

Gabriel Forneck disse que é de fundamental importância a participação de toda comunidade, pois muitas residên-cias ficam fechadas e os seus proprietários não permitem a entrada dos agentes.

Para Forneck, o combate à Dengue é dever de toda socie-dade garantindo a limpeza de seus terrenos e permitindo a entrada dos agentes de endemias. “A população precisa compreender que somente evitando o acúmulo de água, mantendo os terrenos limpos e o fumacê é que conseguiremos combater essa doença”, frisou.

A Câmara realiza no próximo dia 2 de março, uma sessão especial para discutir o problema da Dengue em Rio Branco. A sessão foi proposta pelo vereador Raimundo Vaz (PRP). (Agência Aleac)

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