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Famílias ameaçam invadir casas populares

Ocupantes de uma área de invasão chamada “Ilson Ribeiro II” – na Estrada do Calafate – ameaçam invadir as casas populares que estão sendo construídas pelo governo na região, caso não cesse a ameaça de demolição das suas moradias. Cerca de 25 famílias vivem no local há quase dois anos e afirmam não ter para aonde ir.


A invasão se formou a partir de lotes desabitados do Conjunto Ilson Ribeiro, criado pela Prefeitura de Rio Branco para acomodar famílias sem-teto, que moravam em áreas de risco e invasões. O abastecimento de água e energia é na base do “gato” – ligações clandestinas que surgem por todos os lados, colocando em risco a vida de todos os moradores.

As centenas de casas que estão sendo construídas pelo governo através do Programa de Subsídio Habitacional (PSH) contrastam com a si-tuação vivida pelos invasores. Quando não é possível pegar água da vizinhança, eles apelam para um igarapé que passa nas proximidades.

Na tentativa de encontrar uma solução pacífica para o problema, os invasores criaram uma comissão de negocia-ção, que tem como presidente a dona-de-casa Elilda França. Segundo ela, um representante do governo esteve no local e deu um prazo de 15 dias para que eles deixem suas casas, pois a área será utilizada para a construção de uma estação de rede de esgoto.

Sem ter para aonde ir, os moradores apresentaram a contraproposta para que o governo custeie os gastos com aluguel enquanto durar as obras e que depois eles sejam contemplados com casas populares. “Eles garantiram que a gente terá direito as casas, mas, para isso, temos que deixar a área. Quem garante que eles vão cumprir a promessa?”, questiona Elilda.

Um representante do governo deve retornar ao local nesta quinta-feira para dar uma resposta sobre o pagamento dos aluguéis. Caso a resposta seja negativa, os moradores já decidiram que vão ocupar as casas populares que estão sendo construídas nas proximidades.

 

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