No dia 9 deste mês, a juíza Shirlei H. Menezes, responsável pela Comarca de Epitaciolândia, emitiu um parecer determinando a interdição par-cial da delegacia da cidade, após uma visita de rotina acompanhada do promotor público, Dr. Felipe.
O caso que envolve o prédio que, antes do município obtivesse sua emancipação política, há quase 20 anos, funcionava como posto de saúde. Em março de 2008, a Vigilância Sanitária emitiu um laudo considerando que o mesmo não oferecia condições para trabalho aos policiais, guardar os presos, armamento, entorpecentes e produtos provenientes de roubos e furtos.
Na época, foi constatado que as celas não tinham, e ainda não tem, qualquer ventilação, tem umidade pelas paredes até o forro, não tem lajotas no piso, ou seja, no cimento bruto e para piorar, exala um mau cheiro.
Os juízes que antecederam Drª Shirlei na fronteira, Dr. Leandro Leri Gross e Dr. Edinei Muniz, compartilharam da opinião dizendo que as celas da delegacia mais pareciam “calabouços”. Em dias de chuva, a sala do delegado, um ‘puxadinho’ de madeira é tomado pela água.
No final do mês de setembro de 2009, em evento na Comarca de Epitaciolândia onde novos delegados foram empossados pela secretária de Segurança, Márcia Regina, e secretário da Polícia Civil, Emilson Farias, anunciaram que a nova delegacia seria erguida no mês de novembro, o que não aconteceu.
O delegado que iria substituir Mardilson Vitorino, senhor Maxwell de França Barros, após conhecer as dependên-cias do prédio, não agüentou uma semana e foi embora. Vaga essa hoje ocupada, pelo Dr. Sérgio Lopes.
Após a notificação da decisão da juíza, o secretário da Polícia Civil do Acre, Emilson Farias, veio pessoalmente na tarde de sexta-feira, dia 19, para apresentar o projeto da nova delegacia que começará a ser construída a partir desta terça-feira, dia 23, garantiu a juíza.
Mesmo assim, a decisão da magistrada em não manter presos na delegacia continua, onde disse que, caso não seja cumprido o compromisso do Estado num tempo estipulado, todo o prédio poderá ser interditado.
Enquanto isso, todos os presos estão sendo guardados na pequena delegacia de Brasiléia. Onde foi informado que já tem aproximadamente 30 juntando os dois municípios. A obra da nova delegacia poderá ser concluída no prazo de quatro meses. (O Alto Acre)