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Moradores do Manoel Julião reclamam da falta de condições nas ruas do bairro


Lama, sujeira, ambiente propício para doenças e falta de estrutura para o tráfego de carros. Estas são as principais reclamações dos moradores do Manoel Julião que residem próximo ao Ginásio do Sesi. Segundo eles, as ruas de menor porte desta e de outras localidades do bairro já possuíam precárias condições estruturais. Com a chegada das chuvas de ‘inverno’, há cerca de dois meses, as ruazinhas de barro, que facilitavam o acesso de veículos para vias asfaltadas (como a Manaus, a principal e a Isaura Parente), transformaram-se em grandes atoleiros e caminhos de buracos inacessíveis.

Com isso, a passagem de automóveis de várias casas ficou restrita. Para sair de carro, é preciso usar as ruas principais e muitas vezes até o trajeto para elas se resume em duas palavras: lama e buraco. Atalhos que encurtariam a vida de muitos trabalhadores estão ficando cada vez mais intrafegáveis.
De acordo com Aldenir Souza Cunha, moradora da Rua Cícero Leão Paiva, no bairro, a via está muito prejudicada pela chuva. “Eu tenho de trabalhar e ir ao meu culto, mas com a rua desse jeito é difícil. E olha que eu não tenho carro, sempre vou de táxi. Mas até eles reclamam muito do quanto é difícil chegar aqui. Ir a pé também é algo complicado porque uma coisa que incomoda bastante por aqui é a poeira que os carros levantam quando passam”, contou ela. 

Morador teria até fechado rua para evitar destruição
Um episódio que retrata bem as más condições das vias que ficam situadas perto do Ginásio do Sesi foi a da Rua Dourado. Segundo alguns residentes próximo ao local, um morador do trecho final da referida rua teria a cobrido com pedras na frente da sua casa e a fechou com cavaletes e peças velhas de eletrodomésticos. Na teoria, o ato seria caracterizado até como um crime, pois ele estaria privatizando uma rua; uma passagem pública a qual todos os que pagam impostos têm o direito de usar. Porém, na prática, trata-se de uma medida preventiva para evitar que carros passem pelo local durante este período de chuvas e o destrua, como já aconteceu com ruas adjacentes.

Alguns moradores reclamam da providência tomada pelo vizinho, já que a Rua Dourado seria (se não fosse o bloqueio provisório) um dos melhores acessos das casas perto do Ginásio do Sesi para a Rua Manaus (asfaltada) ou mesmo para cortar caminho para a rua que sai no ginásio. Isso porque a via bem ao lado da Rua Dourado, a Cícero Leão Paiva, só pode ser usada quando não chove, ou seja, raramente, e ainda exige altas manobras para desviar dos buracos. Assim, os residentes precisam dar uma volta inteira pela área para sair na rua atrás do Supermercado Pague Pouco e daí seguir o seu destino.

Por outro lado, alguns defendem a atitude do morador que teria interditado a rua. “Ele tem toda razão de fazer isso. As ruas daqui estão totalmente esburacadas e as que não estão devem ser protegidas mesmo. Eu moro aqui na Rua Santa Fé e sei o quanto é ruim morar numa rua precária. Também sou taxista da região e tudo o que eu vejo quando ando por aqui são atoleiros e mais atoleiros”, comentou Mário Lopes.

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