A Capital acreana alcançou a marca parcial de 7.267 casos notificados de dengue neste ano, entre 3 de janeiro a 20 de fevereiro, dos quais 291 foram confirmados como clássicos, 3 com complicações (1 deles resultou em morte) e os demais ainda estão sob investigação. A cifra destes primeiros 49 dias monitorados já representa 37,36% do total de notificações do ano passado (19.451 advertências) e comprova que, mais do que nunca, é a hora da população da cidade ficar ainda mais atenta aos focos do mosquito.
O valor também adiou as previsões da Vigilância Epide-miológica e Ambiental (Dvea), que previa que os casos da doença diminuiriam até o final deste mês. Baseada no andamento do quadro de dengue em Rio Branco e no conjunto de ações que estão sendo realizadas pela prefeitura, a divisão da Secretaria Municipal de Saúde avalia agora que esta redução deverá ocorrer só a partir das duas primeiras semanas de março.
Dividindo os 7.267 casos deste ano por semana epidemio-lógica, são 532 avisos na 1ª (3-9 de janeiro); 800 na 2ª (10-16); 744 na 3ª (17-23); 907 na 4ª (24-30); 1.754 na 5ª (31-6 de fevereiro); 1.819 na 6ª (7-13) e um resultado parcial de 711 na 7ª (semana passada: 14-20). Isto é, desde a terceira, a cada nova semana há um relativo aumento no número de notificações. Inclusive, a 5ª e 6ª semana deste ano foram próximas ao maior número de notas registrados em 2009, que foi a semana de no 7, com 1.907 notificações.
De acordo com Jeosafá Cesar, diretor do Dvea, apesar de um pouco mais séria, a situação desta atual epidemia é bem semelhante a do ano anterior. Segundo ele, é por tal razão que a prefeitura tem intensificado todas as suas ações de combate ao vetor da doença desde os primeiros sinais do aumento de casos, ainda em novembro, e investido pesado em campanhas de conscientização sobre os cuidados para se evitar a dengue.
“Não podemos viver só de análises e sim partir para o campo para fazer com que as pessoas entendam que tudo tem o seu papel neste combate. Da nossa parte, estamos chegando até o ponto máximo de todas as ações do nosso plano de contingência. Por isso, o que é preciso agora é sensibilizar à população da cidade sobre o que ele precisa fazer. Segundo nosso último levantamento (Lira), 92% dos focos do mosquito estão nas casas dos rio-branquenses, dos quais 57% concentram-se em reservatórios (bacias, caixa d’água, etc), 33% em lixos/entulhos de quintais e pequenos recipientes (tampas, vasos de plantas, etc) e 2% nos demais objetos (pneu) que armazenam água parada”, declarou.
Sábado é dia de mais um mutirão
Para provar que o Aedes aegypti (mosquito da dengue) só pode ser vencido através de um esforço conjunto, o diretor Jeosafá Cesar convidou toda a população a participar de mais um mutirão de combate à doença. Segundo ele, entre voluntários, convidados, agentes e acadêmicos dos cursos de Saúde serão mais de 2 mil pessoas que sairão pelos bairros da cidade durante o dia inteiro. O propósito do arrastão é conscientizar os moradores sobre o que deve ser feito para não deixar o mosquito dominar a sua casa. “E quem quiser pode se juntar a nós para participar”, completa.