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Protesto solitário na frente da Aleac

O clima carnavalesco ficou mesmo para a fachada do prédio da Aleac. O estudante de jornalismo, Zé Carlos Oliveira, se acorrentou a estátua de Galvez para protestar por não poder entrar no Salão Azul da Casa. Lá é onde os parlamentares concedem as entrevistas aos jornalistas profissionais que fazem a cobertura diária dos debates legislativos. O acadêmico do sétimo período do Iesacre/Uninorte alegou estar impedido de apurar as matérias para colocar no seu site Acrenotícia.    

Zé Carlos, que acusa a direção da Aleac de discriminação, é funcionário nomeado da Casa. Ao ser indagado sobre a relação profissional que tem com a Aleac, num primeiro momento, o estudante disse não saber bem da sua situação. Afirmou ter sido assessor do deputado Moisés Diniz, mas que já há tempos não mantém nenhum vínculo com o parlamentar. Mas confessou que ainda recebe pouco mais de R$ 500 por mês de lá.

Por outro lado, Moisés Diniz, por telefone, lembrou que ajudou muito Zé Carlos. Convidou-o a vir do Jordão alguns anos atrás quando passava por dificuldades pessoais. Rompeu o vínculo de assessoria com ele, mas manteve a pequena remuneração para ajudá-lo a pagar os estudos. O presidente da Aleac, deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), explicou que para um jornalista ser credenciado à cobertura da Casa é preciso ter registro profissional de jornalista o que o estudante ainda não possui. Mas garantiu que não há nenhum tipo de discriminação para que possa freqüentar os espaços comuns da Aleac.

O presidente do Sindicato dos Jornalistas, Marcos Vicentti, também afirmou não entender o protesto do estudante. “Ele não foi impedido de trabalhar na Aleac. A decisão para se acorrentar foi pessoal, inclusive, ele não é sindicalizado”, garantiu. 
 

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