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Quarta semana de dengue fecha com 649 ocorrências; total já é de 2.802 avisos


A quarta semana epidemiológica (24 a 30 de janeiro: semana passada) fechou ontem a marca de 649 notificações de dengue em Rio Branco. Com esse resultado, o quadro total registrado durante as quatro primeiras semanas do ano (3 a 30 de janeiro) chegou às 2.802 ocorrências na Capital acreana. Com as cifras desta quinta semana (31 de janeiro a 6 de fevereiro), os valores totais da nova epidemia da doença ultrapassarão a faixa das 3 mil notificações. Em 2009, foram aproximadamente 5,8 mil notas, ou seja, este ano de 2010 se encaminha para resultados afins, lembrando que os avisos devem começar a baixar significativamente só a partir da 8ª ou 9ª semana epidemiológica.

Comparada com a terceira semana (17-23 de janeiro), que obteve 621 notas, a quarta manteve um nível relativamente semelhante, com um aumento de 28 avisos. A primeira (3-9) e a segunda (10-16) registraram, respectivamente, 545 e 829 ocorrências.

De acordo com Jeosafá Cesar, diretor do Dvea/RB (Departamento de Vigilância Epidemio-lógica e Ambiental), os números da dengue ainda estão bem altos na Capital. Por tal razão, ele explica que a divisão da Secretaria Municipal de Saúde continuará reforçando as ações de combate ao vetor e insistindo na mobilização popular e de gestores públicos para a prevenção da doença. A meta, conta ele, é reduzir o número de notificações até, no máximo, o final deste mês de fevereiro.

“Ontem de manhã, fizemos uma mobilização junto aos garis e margaridas da cidade (ver abaixo) para ampliar a limpeza e sensibilizá-los sobre a importância deste serviço, além de uma nova rodada de reuniões com os pastores das Igrejas Assembléia de Deus, no sentido de planejar um grande evento para mobilizar sobre os principais cuidados com o vetor. Com isso, estamos intensificando os planos de Educação e de Prevenção previstos no nosso Plano de Contingência para a dengue”, comentou.

E mencionando o plano de enfrentamento, que é a principal guia das ações da prefeitura, o diretor da Dvea/RB explicou que os gestores diretamente responsáveis no combate ao vetor se reuniram-se mais uma vez ontem, às 10h, para rediscuti-lo e debater sobre a sua eficácia para a Capital. Conforme Jeosafá César, o encontro para tais análises é feito semanalmente, geralmente às quarta-feiras, e envolve técnicos de Saúde municipais e estadual. “Fazemos uma avaliação de tudo o que já foi feito e tudo o que ainda podemos fazer para reverter este quadro atual de epidemia”, completou. 

Secretarias envolvidas no combate aos focos do mosquito da dengue
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) promoveu ontem pela manhã, 3, na sede da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) palestra sobre as medidas de prevenção e os cuidados que se deve ter no combate ao mosquito da dengue. As informações foram repassadas para os técnicos, garis e margaridas que compõem a equipe da Semsur. A secretaria conta hoje com 500 garis e margaridas atuando em Rio Branco.

O objetivo da ação é alertar os cidadãos sobre a necessidade de envolvimento de todos no combate à doen-ça. Cada pessoa é um agente importante no combate aos focos do mosquito, agindo de maneira simples, como cuidando de seu quintal, seu telhado e calçadas.

“O objetivo da palestra é esclarecer para todos os funcionários que a dengue é um problema que afeta todo mundo. Nesse sentido, é de vital importância a participação dos funcionários, servidores e técnicos – seja no trabalho, em casa, na rua – contra a doença”, explicou o secretário municipal de Serviços Urbanos, Cezário Braga.

A Semsa fez um levantamento do índice de infestação do mosquito da dengue e identificou os principais focos onde foram encontradas as larvas: 64% em tambores, caixas d’ água, cisternas, bacias e baldes no nível do solo; 15% em vasos, frascos, pingadeiras e bebedouros, 13% em recipientes plásticos, garrafas, latas e sucatas.

“A Semsur conta com um verdadeiro exército, daí a importância de estarmos juntos, repassando as informações; além, é claro, de reconhecer o trabalho de proteção social que os garis e margaridas executam em nossa cidade”, destacou o secretário municipal de Saúde, Pascal Khalil. (Ascom PMRB)

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