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Sob pressão, Correios admitem falhas de gestão no Acre

Oitenta por cento dos problemas apresentados nos Correios do Acre podem ser resolvidos pela administração regional sediada em Rio Branco. A notícia confirma a crítica feita pela deputada Perpétua Almeida, para quem os transtornos causados à população do Estado são gerados por falta de gestão, inclusive o atraso de até 8 dias na distribuição de encomendas (Sedex, em especial) que deveriam chegar à residência do destinatário em 48 horas.

A parlamentar acreana foi dura ao cobrar providências ao diretor nacional de Operações da ETC, Marco Antônio Marques, durante encontro no final da tarde de ontem, em Brasília. “Concordamos que nem todas as deficiências na qualidade do serviço estão relacionadas à suspensão do transporte aéreo de encomendas”, disse ele.

“Se em 30 dias todas estas questões não forem sanadas, terei que pedir a exoneração do diretor-regional dos Correios no Acre”, afirmou a deputada. O deputado Gladson Cameli reforçou a pressão pela melhoria no atendimento. “O importante é resolver”, disse ele.

A administração superior dos Correios, por meio de uma força-tarefa enviada ao Acre no mês passado, constatou que “há problemas interno na gestão regional-Acre”, mas não quis entrar em detalhes sobre a série de denúncias feitas pelo sindicato dos funcionários no Estado, que incluem irregularidades e embargos nas principais obras em execução no Estado – dentre elas a agência central.

Como solução imediata, de acordo com a ordem superior que será dada à regional no Acre, haverá um mutirão em Rio Branco. Toda a carga acumulada até então na unidade do Bairro Bosque deve ser distribuída rapidamente com o auxílio de carteiros que serão deslocados de outras unidades.  Como prioridade, serão entregues os talões e cartões de crédito, além de boletos de cobranças retidos há vários dias por falta de pessoal para dar vazão às demandas.

O Acre aparece entre os sete estados brasileiros com transporte aéreo inoperante. O diretor da ETC admite: a empresa aérea antes responsável pelo serviço foi declarada inidônea e os serviços acabaram sendo suspensos sem aviso prévio. A segunda e terceira empresas classificada na licitação não concordaram em operar para a região, deixando descobertas ainda as cidades de Cuiabá e Porto Velho. “Há uma empresa vencedora, em novo pregão. Homologaremos este resultado ainda esta semana”, prometeu ele.

Quanto às obras da agência central, elas estão abandonadas e a construtora responsável decretou falência. O sindicato da categoria confirma que outras duas grandes obras geridas pela direção regional dos Cor-reios estão embargadas e sem expectativas de conclusão. Enquanto isso, os clientes estão sendo atendidos em locais sem adequação necessária, trazendo também problemas aos funcionários que trabalham sem condições necessárias para um bom atendimento. (Assessoria)

 

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