A terceira semana epidemio-lógica (17-23 de janeiro) registrou uma parcial quase completa de 624 notificações para dengue na Capital. Com este resultado, embora ainda esteja propenso a uma leve alta por conta de alguns avisos computados de última hora, o monitoramento do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea) registra em Rio Branco uma redução de 205 casos em relação à 2ª semana (10-16), que finalizou seu número em 829 notificações. Tal cifra também foi 400 ocorrências abaixo da estimativa da Semsa, prova de que as ações de combate estão surtindo efeito.
Somando estas segunda e terceira semanas com a primeira (3-9), que apresentou 545 notas, e com a prévia da quarta (24-30), que até ontem estava em 209 avisos das Unidades de Saúde, o balanço total de notificações na Capital acreana durante as quatro semanas (3-30) era de 2.207 até o fechamento desta edição, ontem. As três primeiras semanas do ano passado foram de 361 na 1ª, 766 na 2ª e 803 na 3ª (1.931 no total).
Quanto aos dados de dengue hemorrágica, os valores continuam iguais aos da semana passada: 16 casos suspeitos e 5 mortes em investigação. O óbito do bebê de 11 meses confirmado pelo secretário municipal de Saúde, Pascal Khalil, na semana passada, não foi confirmado pela Vigilância. Segundo a Dvea, ainda faltam algumas provas para afirmar de certeza que trata-se de uma morte causada pela dengue.
Conforme o diretor do Departamento de Vigilância, Jeosafá Cesar da Costa, apesar de demonstrar baixas, o atual momento da dengue ainda é bem sério. Segundo ele, desde o final de janeiro até a 2ª quinzena deste mês, a incidência de casos é muito grande na cidade. Sendo assim, a administração municipal não pode relaxar nas suas atividades, em especial, no trabalho de combate direto ao vetor da dengue.
“As ações de combate são as mais importantes do nosso Plano de Contingência municipal, porque evitam a proliferação do mosquito em todos os sentidos. Por isso, a prefeitura e o Estado estão hoje contratando mais 60 agentes de ende-mias para somar com o seu quadro atual de 140 agentes. Isso reduz o nosso ciclo inicial de visitas de 1 para cada 2 meses pela metade (1 visita/mês). Além disso, temos 20 equipes com 40 agentes para trabalhar com as Unidades de Baixo Volume (fumacê) e contamos com a ajuda de 402 agentes de saúde para conscientizar a população”, disse o diretor.
Atendimento do Barral y Barral torna-se exclusivo para a dengue
Para reforçar o assistencialismo (parte até então sustentada pelas UPAs do 2º Distrito e Tucumã), o posto de Saúde Barral y Barral teve desde ontem (1º) o seu atendimento direcionado exclusivamente para tratar dos casos de dengue na Capital. A unidade teve o seu horário de atendimento para o público estendido das 7h até às 22h de segunda a segunda, com funcionamento 24h para os casos que necessitem de internação. Além disso, a equipe médica do Barral foi montada pela prefeitura e pelo Governo do Estado para atender no local em três turnos, dos quais 3 médicos e demais profissionais (enfermeiros e técnicos em enfermagem) atuam em cada um.