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Vigilância espera reduzir notificações de dengue a partir desta 6ª semana

O Departamento Municipal de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea) espera reduzir a partir desta sexta semana epidemiológica (7 a 13 de fevereiro) o alto número de notificações para a dengue na Capital acreana. A estimativa da Vigilância é baseada nas análises progressivas da doença em anos anteriores e nas ações que a Secretaria de Saúde de Rio Branco (Semsa) vem intensificando desde o final do ano passado para o combate direto do mosquito transmissor.

Contudo, vale ressaltar que a expectativa da Dvea atenta-se para uma redução pequena e gradativa, que só acontecerá caso a população continue (ou até melhore) o seu empenho comunitário para acabar com os criadouros domiciliares do vetor.

Quem comprova isso é o diretor da Vigilância Epidemiológica, Jeosafá Cesar da Costa. Segundo ele, todas as ações da Prefeitura de Rio Branco previstas no Plano de Contingência de Enfrentamento à Dengue foram ampliadas e, no momento, estão sendo executadas de forma intensa. Tudo para evitar o crescimento da epidemia.

“Estamos fazendo limpeza de áreas urbanas, a retirada de entulhos das calçadas e ruas, orientações de prevenção com mais de 400 agentes de saúde e o combate ao vetor, executado por quase 200 agentes de endemias. Além disso, estamos fortalecendo a aplicação do fumacê nos bairros mais afetados pela doença. Hoje, temos 30 agentes (15 equipes) neste serviço, dos quais 10 trabalham em 5 carros de UBV e 20 com 10 equipamentos costais (mochilas).

Esperamos aumentar para 50 agentes. Agora, não dá para dizer que diante desse conjunto de ações, a situação melhorará. É preciso a adesão da população, porque o poder público não conseguirá dar conta sozinho”, detalhou.

Os bairros com maior índice de infestação da dengue em Rio Branco, divididos respectivamente nas 7 regionais da cidade, são: Amapá (21,8 de cada 1.000 moradores estão contaminados), Centro (15,9), Montanhês (13,7), Distrito Industrial (45,9-quadro crítico), Floresta (21,6), Boa União (6,3) e Lo-teamento Santo Afonso (19,1).

Total de notificações: 2.879
Até o fechamento desta edição, o valor total de notificações para a dengue em Rio Branco era de 2.879, no período compreendido apenas nas quatro primeiras semanas epidemiológicas (3 a 30 de janeiro; 1ª – 532, 2ª – 799, 3ª – 738 e 4ª – 810). O levantamento da 5ª semana (31 janeiro – 6 fevereiro) ainda não foi finalizado, nem com valores prévios, mas a estimava da Dvea é de que ela feche entre 700 a 800 ocorrências.

No ano passado, as quatro primeiras semanas culminaram com 2.898 avisos (1ª – 361, 2ª – 766, 3ª – 803 e 4ª – 968). Ao todo, o ano registrou 19.451 suspeitas notificadas. A 5ª semana de 2009 apresentou uma leve queda de 82 notas se comparada com a 4ª, fechando com 886 advertências. “Por isso, esperamos que a partir desta 6ª semana deste ano já constatemos alguma queda no número de notificações, se as coisas caminharem de forma semelhante ao que temos observado”, concluiu Jeosafá.

 Fieac lança nova campanha contra a dengue

Pelo segundo ano consecutivo, o alto índice de dengue no Estado vem preocupando os empresários e trabalhadores da indústria. Em virtude disso, o Sistema Federação das Indústrias do Estado do Acre (Fieac) mais uma vez se mobiliza para ajudar no controle e combate à doença e ao mosquito transmissor do vírus. Nesta terça-feira, 9, será lançada a versão 2010 da campanha “Indústria contra a dengue”.

O evento acontece às 17h, no auditório da Casa da Indústria, contando com a participação do presidente João Francisco Salomão, diretoria, empresários e colaboradores do Sistema, de alunos do Sesi e Senai, além do prefeito de Rio Branco Raimundo Angelim e do secretário municipal de Saúde, Pascal Khalil.
Na oportunidade, serão divulgadas as peças da campanha publicitária do Sesi Nacional, cujo protagonista é o médico Dráuzio Varela. A meta é atender a, no mínimo, 60 empresas do segmento industrial e mobilizar mais de 3 mil trabalhadores, alertando-os para os perigos e complicações da doença.

Equipes do SesiSaúde visitarão, sempre no período da manhã, as indústrias da cidade, com um agente de endemias, que fará uso de larvicidas para prevenção de focos. Haverá ainda distribuição de adesivos, panfletos, cartilhas e fixação de cartazes nos locais de trabalho.

A dengue é uma doença infecciosa transmitida pelo mosquito Aedes aegypti e vista como um dos mais preocupantes problemas da saúde pública, atualmente. Logo, o Sistema Fieac, como entidade atuante e ciente de seu dever de primar pela qualidade de vida dos trabalhadores, continuará realizando ações em torno do tema, num propósito de conscientizar a todos sobre a importância do combate ao agente transmissor.

Para o presidente do Sistema, João Francisco Salomão, cabe ao poder público agir na conscientização e também na fiscalização, bem como em ações diretas de combate ao mosquito, com a pulverização das áreas de risco. “No entanto, a sociedade também é responsável. Assim, a indústria do Acre, por meio de sua entidade representativa, a Fieac, inicia mais uma campanha de luta contra a dengue, envolvendo ampla mobilização das empresas e dos quadros docente e discente do Sesi e do Senai. É preciso que todos se mobilizem”, advertiu o empresário. (Ascom Fieac)

 

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