Em entrevista coletiva na noite de ontem, o diretor-geral Emilson Farias, o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Henrique Corinto, o diretor do Iapen, Leonardo Carvalho e o delegado José Barbosa da 4ª Regional apresentaram os nomes dos agentes penitenciá-rios, Daniel Júlio Ferreira da Mota, Roney Cristian Jerônimo Batista e Arthur de Jesus Nascimento da Silva, que tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça e estão recolhidos na Unidade 4 (Papudinha), acusados da morte do detento Magaiver Souza do Nascimento, 23 anos, encontrado dependurado em uma corda, dentro de uma cela do Presídio Antonio Amaro, no dia 31 de dezembro do ano passado.
Segundo foi informado na coletiva, o inquérito não está concluído, mas existem provas técnicas e testemunhais que os três agentes foram os responsáveis pela morte do detento.
A polícia apurou que os agentes praticaram crimes de tortura física e psicológica contra Magaiver.
O laudo de exame cadavérico apontou causa a morte como traumatismo crânio, que pode ter sido provocado por golpes de cassetetes usados pelos agentes durante a tortura física, mas ainda não ficou esclarecido se a tortura induziu Magaiver a cometer suicídio, ou se o suicídio foi apenas uma encenação dos agentes com o objetivo de forjar a situação da morte.
O diretor-geral de Polícia, disse ainda que outras pessoas podem ter participado do crime e que outras prisões podem acontecer.