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Lula diz que vai se dedicar à campanha eleitoral a partir de julho

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta terça-feira que a viagem de sete dias por quatro países da América Latina –México, Cuba, Haiti e El Salvador– é a sua despedida no cenário internacional. Segundo Lula, nos próximos meses ele irá manter uma agenda intensa de viagens internacionais, incluindo visitas ao Irã e à China.

“Somente a partir de julho, vou me dedicar mais para a questão interna da campanha”, afirmou Lula em entrevista à CNN Espanhol. O presidente participou ontem da Cúpula da América Latina e do Caribe, em Cancún, no México.

Segundo o presidente, o ritmo de trabalho de seu governo continuará até o dia 31 de dezembro, quando termina o seu mandato. “Se o chefe desanima, todos desanimam”, afirmou em entrevista de 20 minutos à jornalista Carmen Aristegui.

Lula também afirmou que espera eleger a “companheira” Dilma Rousseff, ministra da Casa Civil, presidente do Brasil. “Para ser muito sincero, eu acho que nós não vamos perder as eleições.” De acordo ele, Dilma é a pessoa mais preparada para ser presidente.

O presidente ainda comentou a sua relação com a imprensa brasileira. Ele diz que não se importa com as críticas dos meios de comunicação. “Não reclamo, porque eu sou um amante da liberdade de imprensa”, disse.

Segundo ele, o leitor e o telespectador são atualmente os melhores censores da imprensa. “Quanto mais eles falam mal de mim mais eu cresço na opinião pública”, afirmou.

Sobre a proposta de criação de novo organismo internacional com países latino-americanos e caribenhos, sem a participação dos Estados Unidos e Canadá, Lula falou ainda que é importante se ter um órgão que defenda os interesses regionais como a questão do Haiti.
No entanto, descartou a “liquidação” da OEA (Organização dos Estados Americanos) e da ONU (Organizações das Nações Unidas). “A ONU não consegue resolver os problemas porque está enfraquecida, o mesmo acontece com a OEA.”

De acordo com o presidente, a relação do Brasil com os EUA é ótima. Apesar disso, ele acha que o país, por exemplo, poderia ter ajudado Honduras a ter uma saída melhor para a crise política. (Folha Online)

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