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Marina Silva diz que é urgente implantar a política nacional de mudanças climáticas

Preocupada com o aumento do número de desastres climáticos causadores de perdas humanas e econômicas, a senadora Marina Silva (PV-AC) disse que é urgente a implementação da lei que institui a política nacional de mudanças climáticas (Lei 12.187/2009), especialmente no que diz respeito às ações de adaptação aos efeitos nocivos do aquecimento global. Em seu discurso nesta sexta-feira (19) no Plenário, Marina citou uma série de estudos nacionais e estrangeiros que comprovam o aumento no número de doenças e de outros problemas na produção de alimentos em função das alterações de clima da Terra.

A senadora explicou que essa “crise ambiental global”, como denominam os cientistas, tem consequências para diferentes setores da vida na sociedade.
– O custo de não encararmos com a devida urgência e prioridade essa questão aumentará enormemente o sofrimento das pessoas e os custos para a sociedade – afirmou Marina Silva, observando que, no Brasil, os efeitos negativos são mais claros na questão da saúde pública.

A senadora explicou que isso acontece porque com a mudança climática, que provoca invernos mais quentes, há maior proliferação de insetos transmissores de doenças como a dengue e a malária. Ela lembrou que as enchentes também aumentam o número de enfermidades transmitidas por meio da água contaminada, como a diarreia e a leptospirose. As doenças, por sua vez, continuou Marina Silva, acabam gerando mais despesas com ações de defesa civil, com o sistema de saúde e de assistência social.

Já em relação aos alimentos, a senadora contou que o aquecimento da Terra provoca queda na produção agrícola e falta de trabalho, particularmente nas regiões mais carentes, como o semiárido nordestino. Por isso, ela defendeu que os governantes adotem medidas de adaptação para essas mudanças, como a construção de cisternas de armazenamento de água e o desenvolvimento de culturas mais resistentes à seca para enfrentar as alterações do clima.

Marina Silva atentou ainda para outras dificuldades que podem advir com as mudanças climáticas, que têm provocado no Brasil fortes estiagens, bem como enchentes. No caso das primeiras, observou, o suprimento de geração de energia elétrica pode ser prejudicado. Já as enchentes, disse ela, agravam ainda mais os problemas ambientais que o país já tem, como a devastação e o assoreamento dos rios, o desmatamento e os deslizamentos de áreas ocupadas irregularmente.

Ao comunicar que irá apresentar na semana que vem requerimento para a realização de uma série de audiências públicas no Senado, destinadas a discutir o problema com a sociedade, a senadora criticou a inação do governo federal diante da questão.

– Mesmo diante de tão preocupantes fatos e desastres naturais, ainda não vemos nenhuma autoridade do governo federal se dispondo a iniciar esse processo de formulação de uma estratégia nacional de adaptação – lamentou a senadora. (Agência Senado)

 

Preocupada com o aumento do número de desastres climáticos causadores de perdas humanas e econômicas, a senadora Marina Silva (PV-AC) disse que é urgente a implementação da lei que institui a política nacional de mudanças climáticas (Lei 12.187/2009), especialmente no que diz respeito às ações de adaptação aos efeitos nocivos do aquecimento global. Em seu discurso nesta sexta-feira (19) no Plenário, Marina citou uma série de estudos nacionais e estrangeiros que comprovam o aumento no número de doenças e de outros problemas na produção de alimentos em função das alterações de clima da Terra.

A senadora explicou que essa “crise ambiental global”, como denominam os cientistas, tem consequências para diferentes setores da vida na sociedade.
– O custo de não encararmos com a devida urgência e prioridade essa questão aumentará enormemente o sofrimento das pessoas e os custos para a sociedade – afirmou Marina Silva, observando que, no Brasil, os efeitos negativos são mais claros na questão da saúde pública.

A senadora explicou que isso acontece porque com a mudança climática, que provoca invernos mais quentes, há maior proliferação de insetos transmissores de doenças como a dengue e a malária. Ela lembrou que as enchentes também aumentam o número de enfermidades transmitidas por meio da água contaminada, como a diarreia e a leptospirose. As doenças, por sua vez, continuou Marina Silva, acabam gerando mais despesas com ações de defesa civil, com o sistema de saúde e de assistência social.

Já em relação aos alimentos, a senadora contou que o aquecimento da Terra provoca queda na produção agrícola e falta de trabalho, particularmente nas regiões mais carentes, como o semiárido nordestino. Por isso, ela defendeu que os governantes adotem medidas de adaptação para essas mudanças, como a construção de cisternas de armazenamento de água e o desenvolvimento de culturas mais resistentes à seca para enfrentar as alterações do clima.

Marina Silva atentou ainda para outras dificuldades que podem advir com as mudanças climáticas, que têm provocado no Brasil fortes estiagens, bem como enchentes. No caso das primeiras, observou, o suprimento de geração de energia elétrica pode ser prejudicado. Já as enchentes, disse ela, agravam ainda mais os problemas ambientais que o país já tem, como a devastação e o assoreamento dos rios, o desmatamento e os deslizamentos de áreas ocupadas irregularmente.

Ao comunicar que irá apresentar na semana que vem requerimento para a realização de uma série de audiências públicas no Senado, destinadas a discutir o problema com a sociedade, a senadora criticou a inação do governo federal diante da questão.

– Mesmo diante de tão preocupantes fatos e desastres naturais, ainda não vemos nenhuma autoridade do governo federal se dispondo a iniciar esse processo de formulação de uma estratégia nacional de adaptação – lamentou a senadora. (Agência Senado)

 

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