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Tião Viana apresenta política ambiental do Acre em Washington

O senador Tião Viana participa a partir desta quinta-feira, 25, da Cúpula sobre Financiamento de Carbono Florestal, realizado em Washington, onde irá apresentar a atual política ambiental do Acre. O convite foi feito ao governador Binho Marques pelo Chefe Executivo do WWF-EUA, em reconhecimento à coerência da política am-biental do Acre apresentada durante a Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-15), na qual Tião Via-na também participou. Os bons resultados apresentados pelo governo acreano em Copenhague, com investimentos para a conservação e combate ao desmatamento, foi o que motivou a participação do Acre. A ONG internacional é quem promove o evento juntamente com a Harvard Law School e o Instituto Nicholas da Universidade Duke.Floresta111
O evento em Washington será ainda uma oportunidade para que os representantes acreanos se encontrem com os principais líderes da administração de Obama e do Senado Americano, no momento em que os Estados Unidos vive um importante debate sobre a legislação do clima.

A cúpula ocorrerá como conseqüência da Conferência de Mudanças Climáticas das Nações Unidas (COP-15) e vai reunir representantes de diversos países, com o objetivo de discutir um modelo para implementação de políticas públicas voltadas para a questão das mudanças climáticas.

A ida do senador Tião Viana ao encontro reflete a afinidade do parlamentar com o atual projeto ambiental do Acre, que chamou a atenção do mundo em Copenhague, principalmente por ser um projeto que já saiu do papel e mostra na prática resultados positivos na conservação do meio ambiente, garantindo a valorização das pessoas que vivem e trabalham na floresta.

“Essa é a melhor forma de proteção da Amazônia. E isso já acontece no Acre, através de programas de produção sustentável, como o Ativo Ambiental Florestal”, defende o governador Binho Marques.

Durante a COP-15, Binho, que esteve acompanhado de Tião Viana, apresentou exemplos práticos de como o Acre promove a geração de renda e o desenvolvimento dos povos da floresta, fortalecendo a cadeia extrativista e a manutenção dos recursos naturais. É o caso da fábrica de preservativos Natex, única no mundo a usar látex nativo; e a fábrica de piso, que comercializa para o Brasil e o mundo seus produtos feitos a partir de madeira manejada.

O projeto REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), principal foco do encontro, é um dos elementos dessa proposta ambiental que será apresentada em Washington. O REDD do Acre prevê a implantação de seis áreas às margens da BR que passam a ter tratamento diferencia-do, recebendo incentivos para evitar o desmatamento e gerar possíveis créditos de carbono que possam ser comercializados dentro deste mercado que se projeta internacionalmente.

O seminário reúne pes-soas do mundo inteiro, das duas pontas do mercado – possíveis compradores, como acionistas e empresários e possíveis ofertadores deste carbono, como o Acre.

Os participantes também irão discutir o mérito da política de vários quadros de carbono, o financiamento público necessário, e os requisitos de infra-estrutura para realização dos mercados de carbono florestal e outros trabalhos de mecanismos financeiros. Os organizadores da cúpula planejaram para os painéis três tópicos, em que os palestrantes especialistas terão uma oportunidade de compartilhar a sua perspectiva do mundo e de moldar a discussão sobre o financiamento em escala do REDD, estruturas alternativas financeiras para o REDD, lições aprendidas e estratégias de sucesso.

Uma das questões fundamentais neste debate é a forma como os mercados de carbono, finanças públicas, e novos mecanismos podem ser utilizados para canalizar as verbas necessárias de capital para os países com florestas para permitir e incentivar estes países a reduzir as emissões por desmatamento e degradação florestal.

A Cúpula de Financiamento de Carbono Florestal foi lançada no ano passado. O evento reuniu os principais líderes do setor público e privado para participar de reuniões em pequenos grupos e conversas individuais sobre como mobilizar recursos para o REDD com focos em capitais privados. Este ano, no rastro de Copenhague, a cúpula pretende mover a conversa sobre REDD de um nível conceitual para o foco na aplicação prática. (Agência Acre)

 

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